Messi admite choro no Chile, mas descarta deixar a seleção

Multicampeão pelo Barcelona, Lionel Messi ainda não deu a mesma sorte pela seleção principal da Argentina, pela qual segue sem levantar um título. Em 2014 e 2015, até esteve perto, ao chegar nas decisões da Copa do Mundo e da Copa América, mas em ambas as ocasiões teve que se contentar com o vice. A derrota para o Chile no torneio continental deste ano, aliás, deixou marcas no jogador.

Perguntado se era verdade que tinha "chorado como um bebê" no vestiário após a queda nos pênaltis em Santiago, Messi não escondeu. "Sim, sim, porque estávamos convencidos de que era o momento, de que íamos ser campeões pela forma como chegávamos, pelo grupo que tínhamos. Tínhamos muita fé, então foi um golpe duro para todos", disse em entrevista à rede de tevê TyC Sports.

As duas decisões, aliás, não foram suficientes para minimizar a decepção de um país que já se vê há 22 anos sem títulos. E como não poderia deixar de ser, o principal jogador argentino, o próprio Messi, foi considerado o grande responsável pela queda para a Alemanha no ano passado, na final da Copa do Mundo, e para o Chile em 2015.

Em meio às duras críticas, foi levantada a possibilidade de o jogador abandonar a seleção, mas ele próprio descartou. "Enquanto o técnico quiser, vou estar sempre. Nunca vou negar (uma convocação). Apesar de toda a decepção que sentimos, acho que ficamos muito perto, teremos mais oportunidades e temos que seguir batalhando." O craque também admitiu ter ficado chateado com muitas das críticas que ouviu, mas argumentou que as duas finais em cerca de um ano provam que o trabalho tem sido bem feito na seleção da Argentina.

"Tivemos duas finais em dois anos seguidos, o que não é fácil. Lamentavelmente não conseguimos nada, mas acho que temos muito mérito também pelo que fizemos: chegar em uma final da Copa do Mundo, da Copa América. Todos queríamos levantar as duas, ou uma que fosse, mas não deu. Foram feitas muitas críticas, e muitas de maneira má. Porque acho que mesmo sem levantar nenhum troféu, temos muito mérito pelo que fizemos", apontou.

Messi quebrou o silêncio sobre sua relação com a seleção após o empate por 2 a 2 diante do México, em amistoso realizado na noite da última terça-feira. Em campo, um golaço do craque do Barcelona aos 44 minutos do segundo tempo evitou que a Argentina saísse de campo derrotada no seu último amistoso antes da estreia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

Em Arlington, nos Estados Unidos, Messi anotou o gol que assegurou o empate por 2 a 2 com o México. Assim, chegou aos 49 com a camisa da Argentina e ficou a sete de igualar o recorde de Gabriel Batistuta, o maior artilheiro da história da seleção.

Na jogada, Messi foi lançado por Sergio Agüero, dominou a bola no peito entrando na grande área adversária e finalizou com um voleio, concluindo a reação da seleção da Argentina, que chegou a estar perdendo por 2 a 0 e só marcou o seu primeiro gol aos 40 minutos da etapa final, com Agüero, após passe de Lavezzi.

O México abriu o placar do amistoso aos 19 minutos do primeiro tempo, com o pênalti convertido por Javeir Chicharito Hernández, após Nicolás Otamendi derrubar Israel Jiménez na grande área. O segundo gol mexicano foi marcado em um disparo de Héctor Herrera aos 25 minutos da etapa final.

O duelo serviu como preparação para compromissos importantes das duas seleções no próximo mês, quando o México vai duelar com os Estados Unidos por uma vaga na Copa das Confederações de 2017, enquanto a Argentina abrirá a sua participação nas Eliminatórias diante do Equador, no dia 8, no Monumental de Núñez. Depois, em 13 de outubro, vai duelar com o Paraguai no Defensores del Chaco.

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