Mayana Neiva conta sua experiência em filmar na Argentina

Em Infância Clandestina, dirigida pelo argentino Benjamín Ávila, a atriz Mayana Neiva, 29 anos, tem um papel pequeno. Mas a experiência de contar uma história baseada na vida do próprio diretor, que acompanhou o engajamento da mãe na luta armada na Argentina durante a ditadura (1976-1983), foi uma das melhores de sua carreira, conforme disse à CONTIGO!:

Como foi filmar na Argentina?
Foi muito legal. O cinema argentino foca o pequeno, o ator, o roteiro. E é um filme autobiográfico, foi como se estivéssemos tocando a vida do diretor. Foi muito emocionante, a cada cena ele vinha e nos abraçava.

O filme é o candidato argentino ao Oscar de filme estrangeiro. E se concorrer com O Palhaço?
Vou torcer pelos dois! Em futebol e cinema, sempre vou ficar dividida.

Como se sente próxima dos 30 anos?
Há mesmo uma reavaliação. Você acaba redefinindo prioridades. Eu me sinto bem, porque me aproximo daquilo que quero ser. Desejo continuar trabalhando muito, mas minha vida interior e minha família são muito importantes.

À flor da pele
O cinema dos nossos vizinhos vem dando um baile faz tempo. Infância Clandestina lança mão de um drama intimista para falar do combate à violenta ditadura militar argentina, que deixou 30 mil desaparecidos. Tudo visto pelos olhos do menino Juan (Teo Gutiérrez Romero), cujos pais, Charo (Natalia Oreiro) e Horacio (César Troncoso), estão no grupo armado Montoneros. Mayana Neiva faz Carmen, que se passa pela mãe do garoto quando eles voltam à Argentina, depois do exílio. O roteiro e o tom poderiam ser um pouco menos melodramáticos, mas a produção emociona.

 

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