Retornar à terra natal por conta do futebol não é algo comum na vida de Maxi Biancucchi. Mas, na quarta-feira, 26, o argentino, que começou a carreira no Paraguai, terá a chance de tornar isso realidade.
Contra o Sport, às 22h, na Ilha do Retiro, o atacante fará um jogo decisivo pela Copa Sul-Americana. Se vencer ou empatar, o Tricolor avançará para as oitavas de final, fase na qual enfrenta Tigre ou Huracán, times de Buenos Aires. Assim, Maxi terá um incentivo a mais na partida: poder voltar - ou volver, em espanhol - a jogar na Argentina.
Natural de Rosário, ele tem parte da família - como o irmão Emanuel e o primo, Messi - entre os hinchas fiéis do Newell's Old Boys. Começou, porém, na base no San Lorenzo, da capital argentina. Aos 18 anos, se transferiu para o Libertad, do Paraguai. Por isso, nunca jogou como profissional por um time do seu país.
Mesmo atuar lá como visitante não é algo tão comum para ele. Desde 2007, ano em que deixou o Paraguai pela primeira vez para jogar no Brasil, pelo Flamengo, ele vem disputando pelo menos um torneio internacional por temporada. Ainda assim, só jogou na Argentina uma vez: em 2011, quando o Olimpia perdeu por 3 a 2 para o Arsenal de Sarandí, pela Sul-Americana.
Quando perguntado sobre a chance de voltar a atuar no seu país após quatro anos, Maxi não se mostra ansioso, mas cauteloso: "Não tem nada resolvido. A gente tem um jogo difícil contra o Sport, uma grande equipe". Depois, completa: "O bom da Sul-Americana é isso, você poder enfrentar equipes de outros países. Vamos fazer de tudo para avançar e pensar no que vier apenas posteriormente".
Reserva na Série B
A precaução de Maxi quanto à possível vaga é plausível. O Bahia não passa por um momento tão bom assim na principal competição do ano, a Série B. São três empates nos últimos jogos, sendo dois em casa. Em nenhum deles o argentino foi titular. Na verdade, sua última aparição entre os 11 foi contra o Santa Cruz, há quase um mês.
Contra o Sport, no jogo de ida, teve a chance de voltar à titularidade. E fez bonito: marcou o gol do triunfo por 1 a 0. Contra o América-MG, pela Segundona estava suspenso. Nesta quarta, jogará para tentar se manter no time. "A gente tem que atuar como se tivesse 0 a 0, não adianta ir lá e ficar se defendendo, não é essa a nossa filosofia", discursa.
No confronto do primeiro semestre, pela Copa do Nordeste, o Bahia saiu de Recife com um empate sem gols, placar que seria suficiente para levar a vaga na quarta. "Mas o Sport naquela época tinha outra equipe. Hoje, tem um time mais competitivo, bem melhor", rebate o atacante.