O atacante Maxi Biancucchi destacou nesta segunda-feira a “visibilidade” conseguida com a liderança na classificação do Prêmio Efe – que será entregue ao melhor estrangeiro do Campeonato Brasileiro – como um degrau a mais na disputa para chegar à seleção argentina.
“O Prêmio Efe fala do quão importante é hoje o futebol brasileiro e a qualquer um motiva ter visibilidade, porque seria uma mentira dizer que não está de olho na seleção, todos olhamos a seleção e chegar à seleção argentina seria uma conquista, um sonho”, declarou à Efe o atacante do Vitória e primo de Lionel Messi.
O atual técnico da Argentina, Alejandro Sabella, convocou alguns jogadores que têm se destacado ou já brilharam no Brasil, como Montillo (Santos), Barcos (Grêmio) e Guiñazú, ex-Internacional e atualmente no Libertad, do Paraguai.
“É uma classificação por mérito do que é feito no campo, e não por um gosto de alguém, é estabelecida por estatística, e isso pode chamar a atenção do professor Sabella”, declarou Biancucchi.
O argentino lidera a tabela do Prêmio Efe com 14 pontos, tendo marcado quatro gols em cinco partidas como titular e uma vitória de sua equipe como visitante.
Logo depois do atacante está o meia holandês Clarence Seedorf (Botafogo), com 11,5 pontos, e os também argentinos Damián Escudero (Vitória) e Andrés D’Alessandro (Internacional), com 11 pontos cada.
“Realmente é uma honra estar entre os melhores estrangeiros do futebol brasileiro, no qual encontramos jogadores de seleção como Seedorf, (o uruguaio Diego) Forlán, D’Alessandro, (o peruano Paolo) Guerrero, e tomara que eu possa terminar o ano na primeira posição”, disse o jogador, de 28 anos.
Segundo Biancucchi, que tambem teve uma passagem pelo Flamengo, é preciso “um pouco de tudo”, além de talento, para triunfar no futebol brasileiro.
“Cheguei sozinho e tive um pouco de dificuldade com o idioma e também por essa rivalidade entre argentinos e brasileiros, agora com mais companheiros isso ajuda muito”, ressaltou o atacante, lembrando de colegas estrangeiros no Vitória: Escudero e Cáceres, este último paraguaio.
Apesar de sua vontade de defender a Argentina, junto com seu primo Messi, Biancucchi não descarta a possibilidade de atuar pelo Paraguai, país onde se tornou ídolo após defender clubes como Libertad, General Caballero, Tacuary, Sportivo Luqueño e Olímpia.
“Faria por gratidão a um país que me deu muitas coisas, me deu uma esposa e me deu o carinho de toda uma torcida”, afirmou Biancucchi.
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