Martino segue cartilha de Sabella e quer atletas de nome na seleção

Tatá Martino acredita que a seleção jogará melhor se tiver os atletas de nome (Getty Images)
Tatá Martino acredita que a seleção jogará melhor se tiver os atletas de nome (Getty Images)

Com a incumbência de dirigir a seleção argentina após o segundo lugar conquistado sob o comando de Alejandro Sabella no Mundial do Brasil, ao perder a final contra a Alemanha na prorrogação, o técnico Tata Martino busca seguir os passos de seu antecessor para ter sucesso à frente da Argentina. Assim como fez Sabellla, Tata Martino quer, cada vez mais, contar com jogadores que conhece no elenco portenho, no intuito de facilitar a comunicação com o grupo.

Após passagem apagada pelo Barcelona, quando só conquistou a Supercopa da Espanha na temporada 2013/2014, Tata Martino ainda não teve tempo para imprimir sua filosofia nestes seis meses de trabalho à frente da seleção portenha, e busca se apoiar em jogadores conhecidos para conquistar o grupo. “É sempre uma vantagem encontrar jogadores que já são conhecidos. Tive isso ao treinar o Paraguai, com cinco ou seis jogadores que já havia dirigido antes de chegar à seleção”, comentou.

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No elenco atual, Martino conta com Lionel Messi e Mascherano como pilares para auxiliar na orientação e montagem do elenco. “Pretendo manter o diálogo com a maioria dos jogadores. Evidentemente, com eles dois [Messi e Mascherano], é mais fácil de falar das questões de jogo e do funcionamento da equipe pelo trabalho que fizemos juntos”, comentou, dando indícios que pode apelar a outros conhecidos nas futuras convocações.

“É ainda melhor que venha Guzmán, Vergini e Vangioni, com quem também dividi um ano e meio trabalhando a frente do Newell’s Old Boys”, falou. “Isso é muito comum nos treinadores, como fez Alejandro Sabella com os jogadores do Estudiantes”, prosseguiu, referindo-se ao goleiro Andujar e ao meia Enzo Pérez, que estiveram na Copa do Mundo e na conquista do Estudiantes na Libertadores de 2008.

Tendo feito apenas quatro convocações até o momento, Martino vê como prioridade para o próximo ano definir um estilo de jogo próprio para a seleção. “O principal é definir a forma e o estilo de jogo da equipe, algo que nestes seis meses só pude trabalhar durante 30 dias, nos três amistosos que tivemos. O grupo estava montado e segue bem armado pelo trabalho realizado pelo corpo técnico anterior. É primordial que os atletas sigam atuando em seus clubes para que estejam em um bom ritmo quando nos encontrarmos”, declarou.

Colocando como uma das prioridades para o próximo ano a disputa da Copa América, que começa a partir de junho no Chile, Martino garantiu que a geração atual que defende a seleção, com Messi, Aguero, Dí Maria, Lavezzi, Mascherano, Palacio e Tevez, ainda precisa de um título. “A obrigação de ganhar títulos na seleção argentina sempre existiu. Sem dúvidas, esse grupo de jogadores não pode terminar seu ciclo sem um título. Esta geração tem que ganhar algo porque temos jogadores para fazer isso”, pontuou.

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