Ana Maria Mardones carrega no peito os nomes
das suas netinhas (Foto: Carla Gomes)
A natureza que desafia é a mesma que recompensa, a pressa de chegar é menor que o prazer do caminho. No K15 Villa La Angostura, em Neuquén, sul da Argentina, cada um tem seu motivo para correr e o tempo é o que menos importa.
Ana Maria Mardones nunca tinha calçado um tênis até ser levada à Villa la Angostura pela sobrinha Yolanda, maratonista de alto nível, que faleceu há dois anos em um acidente de carro. Hoje carrega no peito os nomes dos netos, e no coração a sobrinha, grande incentivadora.
- Ela dos deixou um legado de saúde, de amor pela montanha e pela vida. Corro para homenageá-la, vou devagar, mas chego - disse.
Entre os cem brasileiros inscritos, a turma da Bahia faz sua festa particular. O grupo do treinador Roberto Magalhães veio Vitória da Conquista – três voos e uma van de distância. Pressa...pra quê?
Carlos Alberto e o seu chapéu de corvo, faça frio
ou calor (Foto: Carla Gomes )
- Todo mundo já queria vir conhecer a Argentina, então conseguimos juntar turismo com corrida, uma maravilha! - declarou.
O Carlos Alberto corre com um chapéu de corvo, faça frio ou calor. Com a temperatura em surpreendentes 20 graus para a região, combina com short e camiseta, mas não abre do “cuervito”.
- É uma tradição e uma superstição, me dá sorte. Estou com 65 anos, correndo bem, então parece que dá certo - contou, divertido.
As amigas Jaqueline Tempo e chegaram emocionadas e cansadas na estreia em corridas de montanha. Nem prestaram atenção quanto tempo demoraram para completar os 15km, mas foi um “recorde”.
- Quanto tempo fizemos? Não sei, nem vi, mas aproveitei cada segundo. Foi uma experiência incrível, nem queria que terminasse - concordaram.
O visual deslumbrante da região do sul da Argentina para os corredores (Foto: Carla Gomes)
Turma da Bahia se destaca entre os 100 brasileiros inscritos na corrida na Argentina (Foto: Carla Gomes)