Justiça dos EUA concede prazo para que Argentina pague dívida

A presidente Cristina Kirchner ganhou novo prazo, até 29 de março, para que mostre como pretende pagar investidores norte-americanos que detêm títulos da dívida pública argentina.

A decisão foi anunciada nesta sexta-feira pela Câmara de Apelações de Nova York, conforme noticiou o jornal Clarín, de Buenos Aires.

O governo argentino trava uma disputa nos tribunais americanos contra esses investidores, chamados de fondos buitre (fundos abutres) por Cristina Kirchner em função da voracidade na cobrança. Eles não aceitaram a renegociação da dívida pública argentina, feita em 2005 e 2010, e conquistaram na justiça de Nova York o direito de receber integralmente e com juros. Em dezembro, a conta chegava a US$ 224 milhões.

Na resolução desta sexta-feira, a justiça dos EUA também exigiu que a Argentina esclareça como e sob que taxas tenciona pagar a dívida. No entanto, Cristina Kirchner já antecipou que não quitará débitos exagerados, que violem a soberania e possam colocar em risco a economia do país.

Na audiência em Nova York, participaram o vice-presidente, Amado Boudou, e o ministro de Economia, Hernán Lorenzino. Eles não revelaram se a Argentina cumprirá a determinação judicial. Antes da sentença, um dos advogados da equipe argentina, Jonathan Blackman, declarou que esperava uma negociação realista e sem confronto.

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