A Justia declarou nulas, nesta quarta-feira, as eleies de 23 de agosto passado na provncia de Tucumn (norte argentino), vencidas pelo governo e questionadas pela oposio, informou uma fonte judicial, acrescentando que a deciso ainda pode sofrer recurso.
A Sala I da Cmara no Contencioso Administrativo de Tucumn declarou "a nulidade das eleies (...) devendo o Poder Executivo (da provncia) realizar uma nova convocao para eleies".
O tribunal acatou o pedido de anulao feito pela coalizo de oposio Acordo para o Bicentenrio (ApB).
O lder da bancada de senadores da governista Frente para a Vitria, Miguel Angel Pichetto, antecipou no Congresso que "a instncia ser revista e se apelar (da deciso)". Ele destacou que "a sentena no definitiva".
A apurao terminou na segunda-feira passada, trs semanas depois das eleies, e confirmou a vitria - por quase 12 pontos de diferena - do candidato oficialista ao governo de Tucumn, o ex-ministro argentino da Sade Juan Manzur.
Com um padro de 1,1 milho de eleitores, Manzur, candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner, obteve 51,64% dos votos. Seu principal adversrio, o socialdemocrata Jos Cano, da ApB, ficou com 39,94%.
Uma ordem judicial impediu a Junta Eleitoral de proclamar o vencedor at que fosse definido o pedido de anulamento do pleito.
De acordo com o resultado da apurao, divulgado na noite de segunda-feira, Manzur obteve 491.951 votos, e Cano, 380.418 votos, de um total de 916.507 votos vlidos, 25.113 votos em branco e 10.957 nulos.
A eleio nesse distrito do norte ganhou repercusso nacional em meio campanha presidencial para as eleies gerais de 25 de outubro.
No dia seguinte das eleies em Tucumn, uma manifestao da oposio pela recontagem dos votos foi reprimida com violncia pela Polcia. O saldo do confronto foi de vrios feridos e detidos. Os protestos se repetiram depois, sem os mesmos incidentes, em meio lenta recontagem das cdulas.
