Boris Feldman, companheiro de Belo Horizonte, visitou o museu Juan Manuel Fangio, mago da F-1, em Balcarce Argentina.
Fantástico, porque só Michael Schumacher, heptacampeão de F-1, levou mais títulos de campeão do que Fangio, que competia nos perigosos charutinhos de antigamente. Era, segundo Boris, a época do romantismo nas pistas, das 1as- corridas da categoria e dos acidentes nos quais dificilmente os pilotos saíam ilesos ou vivos.
DivulgaçãoJuan Manuel Fangio, um ídolo que até os dias atuais é reverenciado pelos fãs do automobilismo
Juan Manuel Fangio nasceu em 1911, em Balcarce, no Sul da Argentina, a 400 kms de Buenos Aires. Jogava futebol com amigos e ganhou o apelido de “El Chueco” (O Manco), devido às pernas arqueadas. Descendente de família humilde de imigrantes italianos, Fangio preparava carros para clientes de sua oficina, mas acabou marcando melhores tempos do que todos eles. Disputou sua 1ª- corrida aos 17 anos de idade, pilotando um Ford “T”, e ganhou pela 1ª- vez 12 anos depois, com uma “carretera” 1939 (carro normal preparado para as pistas).
Oito anos depois, estreou na Europa. Em 1950, com 39 anos, Fangio assinou seu 1º- contrato profissional com a Alfa Romeo. Em 1951, pilotando um carro da marca, se sagrou campeão mundial. E mais duas vezes (1954 e 1955) pela Daimler, uma pela Lancia-Ferrari (1956) e uma pela Maserati (1957). Em 1958, Fangio decidiu encerrar sua vitoriosa “carreira”. Vinte anos mais tarde, surgiu a ideia do museu em sua cidade mãe, Balcarce. O museu foi inaugurado no mês de novembro de 1986.
Antigo e moderno
O “Museu Fangio” foi edificado na praça central da cidade de Balcarce, aproveitando a fachada de um antigo e muito bonito prédio que tinha abrigado a prefeitura daquele município.
No interior do prédio há uma moderna estrutura, com 6.500 metros quadrados, para expor 42 automóveis e mais de 500 troféus, além de outros objetos de sua coleção e de outros pilotos nacionais e internacionais.
O museu tem em seu acervo um capacete (e os tradicionais óculos da época) com a sequela de um acidente sofrido pelo piloto. Os carros em destaque na exposição são da Daimler, pois Juan Manuel Fangio foi duas vezes campeão de Fórmula 1 com seus automóveis.
Aposentado nas pistas, Fangio foi presidente da subsidiária argentina e concessionário da marca. No museu, seu escritório permanece remontado, intacto, assim como sua oficina, da década de 1930.
Além do museu, nos arredores de Balcarce a “Fundação Fangio” mantém, também, uma pista e o sofisticado hotel-fazenda “El Casco” (O Capacete).
Uma fantástica atração turística para aqueles que amam o automobilismo de competição.