Neste domingo, o jornal "Daily Mail" afirma que o Qatar desembolsou 17 bilhões de libras (R$ 77 bilhões) para vencer as eleições da sede da Copa do Mundo de 2022, em 2010. Na ocasião, o país teve 14 votos contra oito dos Estados Unidos. O diário também revela como o dinheiro foi distribuído. Entre os beneficiados, estão os nomes do presidente da Uefa, Michel Platini e do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira.
Grande parte destas cifras foi oferecido em encomendas aéreas, contratos de patrocínio, terrenos e exposição geral. Os pagamentos ficaram sob a responsabilidade de Mohammed bin Hammam, ex-membro executivo da Fifa e banido do futebol por conta da acusação de fraude durante sua campanha para presidir a entidade mundial, em 2011.
O Qatar é considerado o país mais rico do mundo em renda per capita. Estima-se que os asiáticos do Golfo Pérsico gastarão 200 bilhões de dólares (R$ 590 bilhões) nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2022.
Platini teria recebido 14,7 bilhões de libras (R$ 66 bi). A quantia teria como destino a compra do Paris Saint-Germain por um fundo do Qatar e a compra dos direitos televisivos da Ligue 1, torneio nacional da França.
Teixeira ficou com uma parte menor: 6,7 milhões de libras (R$ 30 mi), dinheiro depositado para patrocinar um amistoso do Brasil contra a Argentina, no Qatar, em 2010.
Quem também foi beneficiado foi o ex-presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino) Julio Grondona, morto, no ano passado. O ex-mandatário teria recebido 59 milhões de libras (R$ 264 milhões). Don Julio teria "investido" o dinheiro para pagar algumas dívidas da entidade nacional, além, do amistoso contra a Seleção, há quase cinco anos.