Um sonho: assim a seleção do Irã trata a partida contra a
Argentina, no próximo sábado, às 13h (horário de Brasília), no estádio do
Mineirão. Ciente do amplo favoritismo adversário, o técnico Carlos Queiroz quer
que seus jogadores aproveitem a oportunidade de enfrentar um dos times de maior
destaque do mundo e curtam cada momento, para um dia contarem para seus filhos
e netos que jogaram contra Lionel Messi, eleito quatro vezes o melhor jogador
de futebol do planeta.
– Jogar contra a Argentina é uma situação de sorte. Isso é
um presente, uma oportunidade. É o sonho de uma vida inteira para os meus
jogadores. O espírito é simples: se viessem nos oferecer qualquer coisa a troco
dessa oportunidade, nós não trocaríamos. Por nada. Esses atletas contarão uma
história para os seus filhos e netos, de que jogaram contra o Messi. Vamos
aproveitar – afirmou o treinador.
Jogadores do Irã treinam no CT do Corinthians: equipe asiática enfrenta a Argentina neste sábado (Foto: Rodrigo Faber )
Em sua quarta participação da história na Copa do Mundo, o
Irã terá pela frente um dos candidatos ao título. Após empatar por 0 a 0 com a
Nigéria, a equipe asiática encara o líder do Grupo F, que bateu a Bósnia por 2
a 1 na estreia. Em 10 jogos disputados na história dos Mundiais (entre 1978,
1998, 2006 e 2014), os iranianos acumulam seis derrotas, três empates e apenas
uma vitória – sobre os EUA, há 16 anos.
O último time sul-americano que o Irã enfrentou foi
justamente o Brasil, em um amistoso realizado em Abu Dhabi, em outubro de 2010.
A Seleção, então comandada por Mano Menezes, levou a melhor, com gols de Daniel
Alves, Alexandre Pato e Nilmar. Neste ano, os asiáticos disputaram sete
partidas, e venceram apenas duas: 3 a 2 sobre o Kuwait, e 2 a 0 sobre Trinidad e
Tobago.
Carlos Queiroz em treino no CT do Corinthians: "Jogar contra a Argentina é uma sorte" (Foto: Rodrigo Faber )
Desde 2011, quando assumiu a seleção do Irã, Carlos Queiroz
vem reclamando das dificuldades de agendar amistosos contra equipes de maior
porte, por conta de restrições econômicas. Ele deixará o comando da equipe após
a Copa do Mundo. Por isso, o confronto deste sábado é tratado de forma especial
pelo técnico e pelos jogadores.
– Vocês podem imaginar quanto custaria para jogar contra a
Argentina fora da Copa do Mundo? Levá-los ao Irã para jogar? Sabe quando
iríamos enfrentá-los em Buenos Aires? Nunca – disse.