João Gilberto Rodrigues da Cunha – 31/07/2013 – Jornal da Manhã

A visita do nosso papa Francisco foi o grande acontecimento deste ano – por várias razões. Aponto algumas, só de passagem: este papa é argentino, sul-americano, e nos escolheu como primeiro país a ser visitado. Na minha permanente gozação, empatou 1x1 Brasil x Argentina. Agora, e na minha escassa seriedade e avançada idade, assino que este papa já se confirma nestes tempos como o mais simpático e importante sucessor de Pedro. Não é preciso ir longe: na tradição dos papas modernos a posição adotada era ocupar o trono de e em Roma. Para lá deviam ir todas as consulta e opiniões da Igreja Católica, naturalmente por via dos cardiais e distantes representantes. Barra pesada, cheia de oscilações mundanas diferentes e desgastantes, que levavam papas à morte ou velhice aposentada nos Alpes. Este atual Francisco é argentino, e nós conhecemos os argentinos nos campos de futebol: jogam muito sério e pesado. Aí já aparecem as primeiras jogadas do nosso papa, sorridente sem brincadeiras. Dona Dilma quis aparecer, ficou na arquibancada, desde a chegada até a partida. O time e palavras de dom Francisco eram aqueles milhões de jovens – e velhos também – que queriam opinar e discutir a Igreja Católica dos novos tempos. Algum político atual conseguiria este auditório? E consegui-lo com sucesso e propriedade, sem demagogia ou promessas... enfim e afinal, a Igreja Católica verá novos tempos... se Deus quiser – está na Bíblia: vinho novo em odres novos! Amém!

Bem, por espaço na crônica e aperto na consciência quero deixar na minha terra uma consulta e perguntas. Mais uma vez a minha base e preocupação está na política uberabense. Há poucos meses foi denunciado (eu noticiei) o escândalo das casas da boa intenção de Dona Dilma. Apontei – como outros – a quantidade de casas distribuídas – habitadas por outros que não eram seus donos. Achei que uma visitação geral deveria confirmar a denúncia. Fizeram um ensaio, já no caldo as coisas iam acontecendo... e o bolo no sem fim. Agora vem o caso do deputado Aelton. Sem qualquer novidade porque muita gente usa estes expedientes, que são parte da minha casa minha vida. Na fortuna de casas que progride, olhos para eleições, mais uma vez, deixo uma pergunta por observação física pessoal. Passo todos os dias pela rodovia 262 – Belo Horizonte. Ali, debaixo dos trilhos da antiga Mojiana, fizeram um bairro “minha casa”, aliás ruim, mal acabado e habitado com falhas. Agora e hoje vejo logo depois e adiante um novo loteamento, este com pretensões gigantes (expectativa eleitoral?) que merece ser esclarecida. Se for coisa nova na coisa velha, a situação estará repetida e agravada, salve o novo show da Presidente! Caramba, e o aeroporto internacional, e a planta da amônia... qual, isto não cabe no cartão Aeltons...

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