De quatro em quatro anos, pessoas de todo o planeta vestem as camisas de seus respectivos países e torcem juntos por uma nação na Copa do Mundo. Porém, não são todos que vibram pelo país em que nasceram. O FOXSports.com.br foi atrás de alguns brasileiros que não se identificam com a Seleção e escolheram outros times para torcer.
Fã de futebol argentino desde a época de Maradona e admirador da raça e da vontade dos hermanos, o gerente comercial Cassio Souza, de 36 anos, é um deles. Para ele, o rei do futebol dança tango e fala espanhol.
“Maradona foi muito melhor que o Pelé. O Pelé jogava com muitos craques do lado e isso facilitava a vida dele. Maradona jogava com jogadores medianos e comandava a equipe. Não acho Pelé melhor nem que o Garrincha ou o Romário”, deixou claro.
(Cássio Souza é fã de futebol argentino e dos craques do país vizinho) (Reprodução)
O gerente afirmou também que defende a raça e a vontade dos argentinos e acredita que o futebol brasileiro possui muitos jogadores “mascarados”. “ Torço para a Argentina há muito tempo. Sempre fui muito fã do Batistuta e do Caniggia. Sempre gostei mais do futebol argentino, porque é baseado na técnica e na raça. O futebol brasileiro tem muita firula e jogadores mascarados”.
Assim, inevitavelmente ele sofre com algumas piadas dos amigos, que apesar disso entendem sua escolha. “Não sofro preconceito. As pessoas me zoam, fazem algumas brincadeiras, mas nada além disso. Eles sabem da minha preferência e respeitam”, finalizou Cassio.
Quem também tem a Argentina no coração é a estudante de jornalismo Bárbara Ferrareze, que nesta Copa do Mundo realizará o sonho de assistir aos hermanos no Maracanã.
“Eu acompanho todos os jogos da seleção argentina desde 2010 e sofri bastante na Copa América. O meu primeiro jogo no estádio será na Copa do Mundo, já que consegui o ingresso para a estreia da Argentina na competição, contra a Bósnia. Fiquei feliz por isso, pois estarei depositando todas as energias positivas assim que eles pisarem no gramado”, comentou Bárbara.
Ela se vê identificada no centroavante Gonzalo Higuaín, do Napoli. Para Bárbara, a raça e a vontade demonstrada em campo são fundamentais para um jogador de futebol, além de representar fielmente o estilo de jogo dos argentinos.
“Ele é o meu maior ídolo. Depois de acompanhar centenas de jogos dele pela televisão vou poder vê-lo jogar finalmente de uma arquibancada. Ele é meu ídolo porque ele é briguento, sempre defende suas jogadas e a confiança e a persistência são muito importantes dentro de campo”, explicou.
As paixões por seleções internacionais vão além da América do Sul. A Espanha, atual campeã do mundo, também conta com adeptos brasileiros, mas que possuem o país europeu no sangue. É o caso do jornalista Rodrigo Costábile, de 27 anos. Rodrigo é descendente de espanhóis e levou isso a sério na hora de escolher a seleção pela qual torce até hoje.
Bárbara é fã de Gonzalo Higuaín e tem
adoração pela Argentina (Reprodução)
“A família inteira da minha mãe é espanhola. Tenho até o passaporte espanhol. Como a parte do meu pai é menos numerosa, eu fui criado por espanhóis. Desde pequeno, comecei a torcer pelo Barcelona. Assim, sempre tive um carinho pela seleção espanhola. Esse sentimento se intensificou quando a Espanha eliminou a Itália nos pênaltis nas oitavas na Euro 2008”, lembrou Rodrigo.
(Rodrigo Costábile tem descendência espanhola e leva a paixão pela Espanha no sangue) (Reprodução)
Ele não conseguiu escolher um momento mais marcante que a seleção espanhola lhe proporcionou, mas listou os principais e que estão vivos em sua memória. “A vitória nos pênaltis contra a Itália em 2008, o gol de Puyol contra a Alemanha nas semifinais da Copa 2010, o gol de Iniesta, claro, não pode ficar de fora e os 4 a 0 sobre a Itália na final da última Euro”, finalizou Rodrigo.
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(Reportagem de Daniel Bocatto)
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