Governo da Argentina assina acordo com Irão

Cristina kirshner satisfeita com o acordo

Fotografia: AFP


A Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou que o seu governo assinou um acordo com a República do Irão para avançar no processo judicial pelo atentado contra a sociedade mutual judia AMIA, que, em 1994, provocou 85 mortos em Buenos Aires.
Buenos Aires exigia a extradição de oito iranianos supostamente envolvidos no caso. “Depois de quase 19 anos do atentado da AMIA foi possível pela primeira vez, um instrumento legal de direito internacional entre a Argentina e o Irão”, informou a Presidente Kirchner.
A Argentina acusou o Irão de autoria moral do atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) de Buenos Aires que, em 18 de Julho de 1994, provocou 85 mortos e mais de 300 feridos graves.
A presidente, que participa em Santiago do Chile na cimeira da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caraíbas (Celac) com a União Europeia (UE), informou que o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, assinou o acordo com as autoridades do Irão em Addis Abeba, Etiópia, onde assiste como observador à cimeira da União Africana. Segundo o acordo, autoridades judiciais argentinas vão poder, pela primeira vez, interrogar pessoas suspeitas de participarem no atentado, afirmou a Presidente, recordando que o acordo deve ser tratado e ratificado pelos Parlamentos de ambos os países. Os governos da Argentina e doIrão iniciaram em Outubro passado negociações na sede da ONU, em Genebra, para resolver as acções judiciais pendentes na investigação do atentado pelo qual a justiça argentina exige, desde 2006, a extradição de oito iranianos, entre eles o actual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, e o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani.
Uma explosão destruiu os seis andares da sede da AMIAem Buenos Aires, apenas dois anos depois de um atentado a bomba.

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