Buenos Aires, 29 jan - O ministro de Energia e Mineração da Argentina, Juan José Aranguren, falou nesta sexta-feira sobre as novas tarifas de eletricidade que regerão a partir da próxima segunda-feira e que contemplam aumentos de até 600%, exceto para aquelas famílias com menores recursos, que pagarão uma tarifa social.
"Se por um consumo de 180 kwh por mês você pagava 25 pesos (R$ 6,80), agora pagará 150 (R$ 43)", exemplificou Aranguren em entrevista coletiva.
O titular da pasta de Energia informou que ficarão isentos do aumento tarifário aqueles lares com rendas inferiores a dois salários mínimos, ou seja 12.120 pesos brutos (R$ 3.481).
Além disso, o governo premiará àqueles usuários que economizem energia: se diminuir o consumo em 10% por ano, o usuário pagará 128 pesos (R$ 38,90, R$ 8 a menos que na tarifa plena), e se a economia for de 20%, pagará 106 pesos (R$ 30,5 dólares, quase R$ 16 a menos que na tarifa plena).
O aumento representa a cessação da transferência de recursos do Estado para subsidiar os consumidores, que beneficiou especialmente os clientes das empresas Edenor e Edesur, que fornecem eletricidade aos moradores de Buenos Aires e seu cinturão metropolitano, a área mais populosa do país.
"Nos últimos anos se manteve um sistema tarifário injusto, no qual se castigou os que menos têm e se afetou várias províncias em um sistema pouco federal", denunciou o ministro, que indicou que o desequilíbrio tarifário afetou o investimento das elétricas.
Com a quitação de subsídios, o governo liderado por Mauricio Macri espera economizar cerca de US$ 4 bilhões anuais.
Segundo Aranguren, o Estado gastou cerca de US$ 10 bilhões em subsídios energéticos apenas em 2015.