Quais os craques já decidiram o resultado de uma Copa do Mundo? Em 1962, Garrincha foi fundamental para que o Brasil conquistasse o bicampeonato mundial no Chile. Pelé brilhou intensamente em 70. Paolo Rossi fez seis gols nos três últimos jogos da Itália em 82. E um outro nome entra nesta lista, sem contestação. Se o Brasil encantou no México em 70, quem reinou nos gramados mexicanos 16 anos depois foi um argentino: Diego Armando Maradona.
O camisa 10 foi o grande nome do Mundial de 86, liderando a seleção argentina à conquista da Taça Fifa. Com atuações inesquecíveis. E gols idem. Como os dois diante da Inglaterra, nas quartas de final, na vitória por 2 a 1. Na primeira vez em que países estiveram frente a frente em um campo de futebol depois do conflito armado pela posse das ilhas Malvinas, em 1982, Maradona abriu o placar com a "La mano de Dios", desviando a bola do goleiro inglês Shilton com a mão esquerda. E depois, mostrou sua imensa habilidade com a perna canhota, dominando a bola no campo de defesa e deixando para trás todos os adversários que se colocaram à frente para marcar um dos gols mais bonitos da história da Copas. O mais belo, na opinião de muitos analistas.
Maradona foi marcado em cima na final de 86, mas
foi decisivo e levantou a taça (Foto: Getty Images)
Nas semifinais, nova atuação de gala e os gols no triunfo por 2 a 0 sobre a Bélgica. Na final, marcado em cima pelos defensores alemães, não brilhou tanto. Mas foi, mais uma vez, decisivo ao dar um lançamento preciso para Burruchaga desempatar o marcador, garantindo a vitória da Argentina por 3 a 2.
No México, o Brasil não repetiu as belas atuações de quatro anos antes na Espanha, mas venceu seus quatro primeiros jogos: 1 a 0 na Espanha e na Argélia, 3 a 0 diante da Irlanda do Norte e 4 a 0 sobre a Polônia. A vaga na semifinal foi decidida contra a França, de Michel Platini. Em jogo equilibrado, marcado pelo pênalti perdido por Zico, em jogada construída pelo Galinho com um lindo lançamento para Branco, derrubado pelo goleiro Bats, a sobrevivência na Copa foi decidida nas penalidades máximas. E a França, apesar de ver Platini isolar a bola em sua cobrança, foi mais feliz e avançou na competição. Sócrates e Júlio César erraram suas cobranças. E a sorte provou estar ao lado da França no pênalti cobrado por Stopyra. A bola tocou na trave, nas costas de goleiro Carlos e entrou. Realmente, aquele 21 de junho não era o dia do Brasil.
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