Salvador vai ser sede de mais um Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC), que acontece de 24 de outubro a 2 de novembro. Além da capital, pela primeira vez Madre de Deus também terá espetáculos do festival.
Em sua sétima edição, o evento traz montagens de cinco países: França, Espanha, Chile, Argentina e Brasil. Da Espanha, o encenador Roger Bernard, que ocupa lugar de destaque no cenário mundial, chega com três produções: Pendiente de Voto, Domínio Público e A Sagração da Primavera, todos com uma proposta de colocar o espectador no centro da ação cênica.
Já Guillermo Calderón, do Chile, traz o espetáculo Escuela, de forte tom político, com o qual tem se destacado o teatro chileno. Lola Arias, da Argentina, apresenta Melancolía y Manifestaciones, visitando as próprias memórias para reconstruir cenicamente a imagem da sua mãe e do período da ditadura militar.
A França comparece com duas produções. A primeira é a intervenção urbana Les Scotcheurs Eclairés, do grupo Systèmes K, que "envelopa" as pessoas nas ruas, transformando suas formas em estátuas que são iluminadas à noite. Já a companhia Sacékripa mostra o espetáculo Vu, sobre as pequenas obsessões cotidianas.
Espetáculos nacionais
Do Brasil, o FIAC apresenta produções do Piauí, Rio Grande do Norte, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Destaque para a carioca Cristiane Jatahy. Em Salvador, ela apresenta seus dois novos projetos: Júlia (a partir do texto de August Strindberg) e E Se Elas Fossem para Moscou (Anton Tchekhov).
Outro destaque da cena nacional com projeção no exterior é Marcelo Evelin, Piauí, que mostra o espetáculo de dança De Repente Fica Tudo Preto de Gente, composto para cinco performers de diferentes cidades: Teresina, Kyoto, Ipatinga, São Paulo e Amsterdã.
Completam a programação nacional: Jacy (Grupo Teatro Carmin/RN), espetáculo de teatro documentário que aborda questões humanas e a história política do estado; Serpentes que Fumam e Poéticas Urbanas (Companhia Andaime/DF), intervenções urbanas que confrontam o público com poesias transformadas em cenas, respeitando a pluralidade do cenário urbano; e Muito Mais Vida Severina (Cia. Teatro Quase Cinema/SP), que, inspirada na obra de João Cabral de Melo Neto, leva o teatro de sombras para o espaço público.
Capital e interior
A programação do FIAC 2014 reúne 13 produções baianas, de criadores e grupos de diferentes gerações e trajetórias, apresentando, num diálogo com a produção nacional e internacional, uma representativa amostra da cena local. Dois destes trabalhos são de grupos do interior do Estado: Algaravias: o Marujeiro da Lua (Cia. Olaria/Ilhéus) e Exu - A Boca do Universo (Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas).
Os outros são da capital: As Velhas (Luiz Marfuz), Por Que Hécuba (Márcio Meirelles), Uteridades (Iami Rebouças), O Que de Você Ficou em Mim (A Outra Companhia de Teatro), Longa Jornada Noite Adentro (Companhia de Teatro da UFBA), Ouriço (Leonardo França), Gretas do Tempo (Balé Teatro Castro Alves), Fricção (Isaura Tupiniquim), Love (Jackson Costa), Pout-Pourri (Marvan Carlos) e o projeto triplo Um Piano, o Bolero e a Galinha (Huol Criações/Jacyan Castilho, Paula Lice e Igor Epifânio).
Acesse o site http://www.fiacbahia.com.br/ para conferir a programação completa