Nas quadras do Crandon Park, na ilha de Key Biscayne, o tenista mogiano João Olavo de Souza, o Feijão, encerra hoje o período de adaptação e de preparação para jogar o qualificatório do Master 1000 de Miami, onde viajou ao lado do técnico Ricardo Acioly. A estréia do principal jogador brasileiro da modalidade na competição norte-americana será amanhã. Na última semana, o mogiano intensificou os seus treinamentos no Rio de Janeiro para jogar nos EUA, após o período de quase oito dias de descanso por causa da epopéia contra os argentinos. Feijão volta a jogar depois do duelo histórico, o segundo mais longo da história do tênis, em 6h42min, e maior da Copa Davis, diante de Leonardo Mayer, na Argentina.
Feijão falou sobre o duelo na Davis na poltrona no saguão do hotel em que a equipe brasileira se hospedou em Buenos Aires durante o confronto com a Argentina. A disputa era válida pela primeira rodada do Grupo Mundial. ‘Triste’ devido ao revés para o rival - Thomaz Bellucci perdeu por 3 sets a 1 para Delbonis, resultado que levou à eliminação do Brasil por 3 a 2.
Feijão ainda não consegue avaliar o impacto do jogo contra Mayer em sua carreira. Mesm,o com a derrota no duelo histórico, o mogiano ganhou três posições e agora aparece em 72º lugar com 676 pontos, sua melhor colocação, no ranking mundial da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).
Logo depois da maratona, Feijão comeu macarrão para repor as energias. Conta que não chorou em momento algum. No hotel na capital argentina, passou boa parte da noite em claro, muito por conta das dores que sentia, mas também pela adrenalina que custava a baixar. Ele diz acreditar que ainda está longe do seu auge profissional. E afirma também que ainda não se considera um ídolo. Após disputar jogo mais longo da história da Davis, tenista conta ainda sentir dores e afirma que precisa ser mais ágil. Veja os principais trechos da entrevista.