Economia
Publicado ontem às 17:22
As exportações de automóveis do Brasil para a Argentina e o México ajudaram a balança comercial a elevar o superavit em outubro. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo MDIC, de janeiro a outubro, houve um aumento de 72,9% na quantidade de automóveis exportados para o México em relação ao mesmo período do ano passado. No total foram 51 mil veículos exportados em 2015 contra 30 mil no ano passado. O valor exportado ultrapassou a marca de US$ 414 milhões, ante US$ 265 milhões em 2014. Aumento de 56%.
No caso da Argentina, as exportações no acumulado do ano passaram de 207 mil para 215 mil, aumento de 4%. Em relação a valores, houve queda de 3,8%. No ano passado, haviam saído US$ 2,54 bilhões contra US$ 2,45 em 2015. “A moeda norte-americana favorece o setor [automotivo] e
também os mercados consumidores. Sabemos que o México, por exemplo, tem uma economia é bastante
atrelada a dos EUA, o que favorece a economia do país mexicano”, disse
o diretor de estatísticas e apoio à exportação do MDIC (Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), Herlon Brandão.
Outro destaque da balança comercial brasileira no mês passado foram as exportações de soja e milho. As exportações da soja em grãos ultrapassaram a
marca de 52 milhões de toneladas embarcadas, recorde para o mês, segundo
Brandão. No caso do milho, o Brasil exportou mais de 5,5 milhões de toneladas. “Esses
produtos se beneficiam pela desvalorização do câmbio que ajudam a manter a
rentabilidade em reais para o produtor brasileiro”, explicou Brandão.
Em outubro, a balança comercial do país registrou superavit
de US$ 1,99 bilhão. No mesmo período do ano passado, o resultado foi negativo
em US$ 1,1 bilhão. Foi o melhor resultado para o mês desde 2011. As exportações
somaram aproximadamente US$ 16 bilhões enquanto as importações totalizaram US$
14 bilhões. No acumulado do ano (janeiro a outubro), o saldo da balança
comercial brasileira ficou superavitário em US$ 12,2 bilhões.
Pela média diária, as exportações alcançaram US$ 764,2
milhões em outubro, com retração de 4,1% frente ao mesmo mês no ano passado. No
caso das importações, a média diária no décimo mês do ano foi de US$ 669,2
milhões, o que significa queda de 21,1% em relação ao mesmo período do ano
passado.
Em outubro, cresceram as vendas de soja em grão (+197,8%,
para US$ 990 milhões) e milho em grão (+79,0%, para US$ 920 milhões). Por outro
lado, houve queda na carne suína (-35,3%, para US$ 108 milhões), minério de
ferro (-34,2%, para US$ 1,1 bilhão), petróleo em bruto (-23,3%, para US$ 911
milhões) e na carne de frango (-22,8%, para US$ 452 milhões).
“O setor externo brasileiro é um dos setores que contribui
positivamente para o PIB (Produto Interno Bruto). Temos uma contração econômica
esse ano e as notícias boas estão vindo do lado do setor externo, que é muito
competitivo e que tem crescido enormemente nos volumes de exportação”, afirmou
Brandão.