(Foto: Lucas Uebel/Light Press/Cruzeiro)
Em entrevista exclusiva à Goal Brasil, Ariel Cabral falou sobre a retomada na carreira com o ótimo momento no Cruzeiro após quatro meses sem jogar, da expectativa para 2016 e também da vida extracampo e dos amigos Lucas Pratto e Arrascaeta.
Confira a entrevista exclusiva com Ariel Cabral:
Como está sendo a vida em Belo Horizonte?
BH é uma cidade muito linda, bonita e tranquila. Estou aqui faz pouco tempo, então não conheci muito e fico mais em casa, mas já fui em alguns restaurantes, parques e conheci algumas coisas, principalmente a Pampulha.
Está morando sozinho ou com a família?
Moro com minha esposa e minha filha, de quatro anos. Levo ela na escola e está tudo muito tranquilo. Assim como eu e minha esposa, ela está gostando muito da cidade.
A adaptação na cidade parece estar sendo boa... E com a comida? Carne argentina ou brasileira (risos)?
(Risos). Aqui existem boas carnes. Gosto muito da picanha brasileira e existem bons restaurantes também, mas não tem nada como a carne argentina. O asado é incomparável, mas gosto muito das comidas daqui também, principalmente pão de queijo (risos). Eu como pão de queijo todos os dias no Cruzeiro, de tarde, antes e depois dos treinos, com chimarrão (risos), é muito bom!
(Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)
E música? Já chegou a ouvir alguma brasileira?
Já ouvi algumas músicas brasileiras e são boas, muito interessantes...
Já curtiu um pagode? E músicas argentinas? Qual seu estilo favorito?
Não gosto muito de pagode (risos), não faz meu estilo. Eu gosto muito de cumbia, músicas latinas, mas um pouco variado... Também gosto de rock.
Gosto muito de Soda Stereo (histórica banda de rock argentina. Inspirou a brasileira Capital Inicial, que fez um cover da música "De música ligera", cantada pela banda tupiniquim com o título de "À sua maneira")
Sim! É uma banda de muita história, uma pena o que aconteceu com o (Gustavo) Cerati (talentoso guitarrista e vocalista, que faleceu no ano passado após quatro anos em coma)... Minha mulher é fã e gosta muito. É uma ótima banda. Mas gostamos de músicas brasileiras e argentinas, ficamos ouvindo e dançando em casa. Estamos vivendo muito bem aqui.
Falando nisso, o que você mais gosta de fazer fora de campo?
Estar com minha família, ver filmes com minha filha, ajudá-la nos estudos... Eu fico vendo desenhos animados com ela, e também gosto de passear de vez em quando.
(Fotos: Gabriel Pazini/Goal Brasil)
Qual o seu melhor amigo no Cruzeiro?
O Arrascaeta. Eu converso muito com ele, com o Mena (que foi para o São Paulo) também. Dos brasileiros, converso muito e sou mais amigo do Charles (que não está mais no Cruzeiro).
No dia a dia na Toca II e também nos jogos dá para ver que você e o Arrascaeta são muito amigos, e também nas redes sociais. Ele te chama de Wachin...
(Risos). Pois é, somos realmente muito amigos. Wachin é algo como parceiro, grande amigo, uma gíria, um apelido comum na Argentina e no Uruguai. Somos muito amigos e ele é uma ótima pessoa.
Ele tem um talento inquestionável, mas ainda é jovem e teve uma temporada de altos e baixos no Cruzeiro. Até onde você acha que ele pode chegar e, sendo mais experiente, quais conselhos dá pra ele?
Sim, ele é muito jovem, mas ele vai crescer muito e evoluir ainda mais, pode ter certeza. Ele tem muito talento, habilidade e técnica. Ele tem que trabalhar com calma, tranquilidade e sei que pode crescer ainda mais. É um grande jogador de muito futuro.
(Foto: Cristiano Borges/Light Press/Cruzeiro)
Sobre você, esperava uma adaptação tão rápida e jogar tão bem no Cruzeiro? Você chegou com certa desconfiança de parte da imprensa e torcida, mas encaixou como uma luva no meio-campo celeste.
Sinceramente, eu esperava, porque estava treinando muito e sabia que quando a oportunidade chegasse, eu iria responder bem. Fiquei muito tempo parado (quatro meses), apenas treinando e me preparando para responder quando tivesse a chance, e sinto que agora estou melhorando cada vez mais porque estou com ritmo de jogo.
Essa desconfiança que eu citei sumiu e você se tornou o novo xodó da torcida e passou a ter um papel fundamental no meio-campo. Como foi isso para você?
O jogador sempre quer mostrar o que pode fazer dentro de campo, e eu sempre soube que poderia dar muito ao Cruzeiro, e creio que posso seguir dando muito ao Cruzeiro. Estou feliz aqui e significa muito para mim ter o carinho e apoio da torcida.
Por que o time funcionou tão bem com o Mano Menezes e não deu certo com o Vanderlei Luxemburgo, que era o técnico quando você chegou?
O Mano nos deixou tranquilos e nos deu muita confiança, mostrando que o plantel era bom e podíamos conseguir grandes coisas. Ele trabalha muito bem taticamente, é muito claro nos treinamentos, comanda bem as atividades, faz tudo bem feito e, repito, é muito bom taticamente.
(Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)
Qual a sua expectativa para o ano de 2016 com o Deivid no lugar do Mano?
Acredito que vamos voltar a brigar por títulos. Fechamos bem o ano de 2015 e acredito que começando desde a pré-temporada, mais entrosados e preparados, com mais confiança e tranquilidade, temos tudo para brigar por títulos.
Quais são os seus sonhos? Jogar por um grande clube europeu, defender a seleção argentina ou foge disso?
Agora, estou pensando apenas no Cruzeiro. Eu mudei em relação ao passado e estabeleci para mim um plano de metas curtas. Cumpro uma e aí sigo para a próxima. Quero começar bem o ano, como titular e ir crescendo, trabalhando e evoluindo cada vez mais. Um passo de cada vez.
(Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)
Você e o Lucas Pratto eram amigos e companheiros no Vélez Sarsfield e agora vivem em Belo Horizonte, no Brasil, defendendo times rivais. Como é seu relacionamento com ele? Vocês conversam e se encontram em Minas?
No Vélez, nós ganhamos campeonatos juntos e compartilhamos muitas coisas, inclusive entre famílias. Somos muito amigos. Eu conversei com ele antes de vir para o Cruzeiro e ele me disse maravilhas sobre a cidade de Belo Horizonte e o futebol brasileiro, me ajudou a tomar minha decisão. E aqui (em BH), nós já brincamos que na hora dos clássicos entre Cruzeiro e Atlético Mineiro é outra história, mas continuamos a conversar, sair e compartilhar coisas juntos. Ele é uma ótima pessoa e um grande profissional. É um bom amigo.
O Pratto teve um ótimo ano, reconhecido por torcedores e imprensa, e surgiu uma conversa de que ele poderia jogar na Seleção Brasileira. Você acha que daria certo, chegou a falar com ele sobre isso e pensa que seria possível um argentino jogando pelo Brasil e vice-versa?
É muito difícil um brasileiro jogar pela Argentina e vice-versa. É um clássico. Acho que seria muito complicado. De qualquer forma, o Pratto merece uma chance na seleção argentina e ser chamado por Tata (Martino, técnico da Albiceleste), porque é um grande atacante e está em grande forma. Mas torço por ele (Pratto) e pelo que for o melhor para ele. Se um dia acontecer de o Brasil fazer um convite para ele jogar e for o melhor para ele, que ele seja muito feliz.
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