Argentina
Ele é suspeito de transportar sacos de dinheiro da Casa Rosada a Santa Cruz
Néstor Kirchner
(Sean Gallup/Getty Images)
Após denúncias feitas pela ex-secretária e amante de Néstor Kirchner, Miriam Quiroga, o promotor federal argentino Ramiro González fez uma acusação formal nesta segunda-feira contra Daniel Muñoz, ex-secretário particular do ex-presidente argentino, que morreu em 2010. Miriam citou Muñoz, em entrevista a um programa de TV e depois em um depoimento à Justiça. Segundo ela, o ex-secretário era responsável por transportar sacos de dinheiro da Casa Rosada ou da Residência Oficial de Olivos para Santa Cruz, reduto político dos Kirchner.
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Fontes judiciais afirmaram ao jornal Clarín que o promotor Gonzáles recebeu o caso do juiz Luis Rodriguez e indiciou Muñoz, pedindo ainda que Miriam Quiroga seja citada. Ela prestou depoimento na semana passada mo inquérito comandado pelo juiz Julián Ercolini, referente a suspeitas de associação ilícita entre empresários e funcionários do governo. O caso das sacolas de dinheiro ainda não tem juiz designado.
Em entrevista ao jornalista opositor Jorge Lanata, Miriam afirmou ter visto os sacos de dinheiro. “Vi pessoas, vi movimento e, em seguida, um colega de trabalho me disse para pegar os sacos”. Ambos teriam concordado que havia muitas notas dentro, pelo peso, e que o dinheiro estaria contado para chegar a Olivos e depois ao sul do país, de avião. Miriam diz ter visto os mesmos sacos nas mãos de Muñoz - a “sombra” de Néstor Kirchner, segundo ela.
O testemunho de Miriam foi confirmado uma semana depois por um piloto, em entrevista ao jornal Clarín. "A maioria das empresas naquela época não checava o conteúdo das bagagens porque isso não era obrigatório", disse a fonte. Segundo o piloto, quatro aviões teriam sido utilizados a partir de 2007 para a transferência de dinheiro.
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