Emerson vira desfalque na Argentina
Atacante sentiu dores no joelho direito durante treino do Corinthians ontem e sequer irá viajar com a delegação para enfrentar o San Lorenzo
Da Redação
O Corinthians não poderá contar com o atacante Emerson na partida contra o San Lorenzo, amanhã, pela segunda rodada do grupo 2 da Copa Libertadores da América. Embora tenha treinado normalmente na manhã de ontem, o Sheik voltou a sentir dores no joelho direito e nem sequer viajará para a Argentina.
Na semana passada, Emerson já havia sido poupado de treinamentos do Corinthians por causa do problema. Ele também não esteve em campo nas vitórias sobre Linense e Mogi Mirim, pelo Campeonato Paulista.
Tite não chegou a treinar o Corinthians para enfrentar o San Lorenzo sem a presença de Emerson entre os titulares. Em alta depois de marcar um gol sobre o Linense e ter atuado improvisado como lateral esquerdo diante do Mogi, o colombiano Stiven Mendoza é o mais cotado a ficar com a vaga.
Alerta - Tite não acredita que o Corinthians terá vantagem por enfrentar o San Lorenzo com os portões do Nuevo Gasómetro fechados – o clube argentino precisará cumprir punição imposta pela Conmebol. Para valorizar as dificuldades da partida da noite de quarta-feira, o técnico externou preocupação até com a possibilidade de os seus jogadores se deixarem levar pela calmaria das arquibancadas vazias.
“A atenção em um jogo como esse é fora do padrão. Você não tem aquela atmosfera de uma partida normal. O atleta precisa ser mentalmente forte nessa circunstância. Quando ele consegue eliminar as variáveis de fora do campo, fica mais perto de ter um bom desempenho”, comentou Tite.
O Corinthians de 2015 tem se mostrado forte emocionalmente. Para o treinador, o veterano Danilo – que substituirá o suspenso centroavante peruano Paolo Guerrero outra vez – é um exemplo de maturidade no seu elenco. “Falar isso dele é até redundante”, sorriu.
Tite e Danilo estavam no Pacaembu quando o Corinthians enfrentou o Millonarios, da Colômbia, diante de apenas quatro torcedores. O clube cumpria punição pela morte do jovem boliviano Kevin Espada e apenas quem recorreu à Justiça conseguiu entrar no estádio naquela ocasião.
“Jogamos contra o Millonarios sem torcida. Imagino que a crônica esportiva de lá também tenha dito para eles que essa era uma boa condição. E não foi. Nós ganhamos. Então, não existe facilidade”, argumentou Tite.
Para finalmente concluir o seu discurso, o técnico corintiano se lembrou também dos tempos de jogador. “Em uma partida de Campeonato Brasileiro, contra o Bahia, diziam que haveria 90.000 pessoas na Fonte Nova, que aquilo lá seria um caldeirão. Aí, um amigo meu falou que ninguém poderia tocar na bola, que a decisão era tomada em campo. Moral da história: torcida influencia, mas o determinante está no gramado”, apontou.