A melhor palavra para definir o que aconteceu no Mineirão é: tragédia. Sem forças e extremamente apático, o Cruzeiro foi dominado pelo River Plate, e acabou derrotado por 3 a 0, nesta quarta-feira (27 de maio), no duelo de volta das quartas de final da Copa Bridgestone Libertadores. Com o amplo resultado, a Raposa viu a vantagem obtida na Argentina ir por água abaixo, assim como o sonho do tricampeonato.
Os millonarios abriram o marcador aos 19 minutos do primeiro tempo com o uruguaio Sánchez. Aos 44, Maidana, de cabeça, fez o segundo. Logo no início da etapa complementar, Teo Gutiérrez, em grande lance, fez o terceiro, e sepultou as chances do Cruzeiro no duelo. Na próxima fase, o River aguarda o vencedor de Racing (ARG) x Guaraní (PAR). O FOXSports.com.br conta, em detalhes, como foi a vexatória eliminação da Raposa em Belo Horizonte.
Desde o início do duelo, o River Plate mostrou estar mais organizado e era bastante perigoso nos contra-ataques. Por outro lado, o meio-campo do Cruzeiro era inexistente: atacava com timidez e se defendia de forma atrapalhada. O resultado apareceu aos 19 minutos do primeiro tempo.
Após falha bisonha de Bruno Rodrigo e Willians, a bola ficou com Rodrigo Mora, que carregou a redonda até a entrada da área. Perdido, Mena saiu para dar combate e deixou Sánchez livre. O uruguaio teve tempo de dominar a bola, olhar, e fuzilar o canto direito de Fábio, que não teve chance. O gol argentino desestabilizou por completo a Raposa. O Cruzeiro passou a atacar sem organização pelas laterais e deixou o meio-campo, principal culpado pela derrota mineira, ainda mais exposto.
Mal nas últimas partidas do River Plate, o colombiano Teófilo Gutiérrez teve uma exibição de gala no Mineirão. Forte, o centroavante soube usar o corpo para se proteger das chegadas de Bruno Rodrigo e acabou com o defensor cruzeirense. Por inúmeras vezes, o estrangeiro levou vantagem sobre o defensor e, em um lance dessa característica, os millonarios chegaram ao terceiro gol.
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Na segunda etapa, Bruno Rodrigo dormiu no ponto ao tentar afastar a bola do campo de defesa ao ataque. Gutiérrez foi mais rápido e, com um toque, ganhou a posse. Cara a cara com Fábio, o centroavante utilizou seu faro de artilheiro e com um tapa de pé direito calou ainda mais o Mineirão, consolidando a grande vitória argentina em solo brasileiro.
Foram três partidas ruins e a quarta custou a eliminação. De Arrascaeta fez novamente uma péssima exibição e não conseguiu fazer o Cruzeiro ir ao ataque. O meio-campista esteve perdido durante o período que ficou em campo. Em nenhum momento o uruguaio auxiliou as descidas de Marquinhos e Willian pelas laterais do gramado.
A única forma de ataque da equipe mineira acontecia pelo lado direito com Marquinhos e Mayke. Porém, de forma atabalhoada, a bola não chegava de forma alguma em Leandro Damião. Méritos para Ponzio e Kranevitter, que, com um empenho notável, não deram o mínimo espaço para a Raposa trabalhar. No segundo tempo, Gabriel Xavier e Joel deram poder de fogo aos mineiros, mas a bola não entrava de forma alguma. No final, o meia cometeu falta dura no campo de defesa e recebeu o cartão vermelho direto.
Marcelo Gallardo falou na saída de campo, ainda no Monumental de Nuñez, que o River Plate apresentaria um futebol melhor em Belo Horizonte. Dito e feito. Os argentinos entraram de uma forma completamente distinta se comparada ao primeiro duelo, quando a equipe foi derrotada por 1 a 0.
Com uma forte marcação pelas laterais, anulando as descidas de Marquinhos e Willian, o time visitante soube explorar a fragilidade defensiva de Mena e Mayke e dominou o confronto. Ariel Rojas e Sánchez deixaram Willians e Henrique perdidos no sistema de marcação e serviram Téo Gutiérrez e Mora, que abertos pelos lados, ignoraram as presenças de Bruno Rodrigo e Manoel. Vale dizer que a dupla de zaga cruzeirense realizou uma péssima partida e cometeu erros infantis ao longo dos 90 minutos.
O Cruzeiro parecia estar disputando um jogo-treino. Era evidente que o time estava extremamente desestabilizado em campo, mesmo estando com o 0 a 1 a seu favor. A equipe de Marcelo Oliveira se posicionou como sempre, com dois atacantes abertos, um meia de ligação e um homem de referência. Porém, a dupla de volantes foi completamente engolida pelos meias de criação do River Plate.
A comunicação de Manoel, Bruno Rodrigo, Willians e Henrique não existia. Os quatro atletas cometeram erros individuais a rodo e deixaram, principalmente, Sánchez e Ariel Rojas atuarem com extrema liberdade. Apático no sistema ofensivo e trágico na defesa, Mena deixou um corredor pelo setor esquerdo e não viu a cor dos rivais. Mayke e Marquinhos se mantinham no campo de ataque, mas pouco criavam e sofriam com as investidas de Ponzio e Vangioni.
Depois da heroica classificação diante do Cruzeiro, o River Plate aguarda o vencedor do duelo entre Racing (ARG) e Guaraní (PAR). No duelo de ida, os paraguaios venceram por 1 a 0. Na outra chave, Inter e Tigres (MEX) decidem quem será o primeiro finalista da Libertadores.
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