Em busca de retornos, fundos voltam a se expor ao mercado da …

O fundo PointState Capital, de Zach Schreiber, tem quase US$ 1 bilhão investido na Argentina.
Chris Goodney/Bloomberg News

Fundos de hedge estão ampliando seus investimentos num dos lugares mais improváveis: a Argentina.

Ações e títulos de dívida argentinos estão em alta menos de um ano depois que o país, que alguns economistas estimam ser a quarta maior economia da América Latina, deixou de pagar sua dívida em meio a uma batalha jurídica com fundos de investimento como o Elliott Management Corp., de Paul Singer, que tem US$ 25 bilhões em carteira. Essa alta é o sinal mais recente de como os investidores estão buscando oportunidades em todo o mundo devido aos juros excessivamente baixos e ao crescimento irregular dos mercados desenvolvidos.

O índice de ações Merval, da Argentina, já saltou cerca de 27% na moeda local, o peso, neste ano e 20% em dólar, tornando-se um dos mercados de melhor desempenho do mundo. Já os títulos da dívida soberana da Argentina subiram 15,3% na moeda local até terça-feira, segundo o índice de mercados emergentes do banco


Barclays



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Barclays PLC ADS


U.S.: NYSE


$16.53


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28 mai 2015 16:01


Volume (Atrasada 15m)
:
3.18m



Depois do fechamento



$16.53


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28 mai 2015 17:28


Volume (Atrasada 15m)
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26,730




Relação P/L
N/A

Valor de mercado
$69.13 Billion


Rendimento do dividendo
1.49%

Faturamento por empregado
$311,158









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para emissões internacionais da Argentina.

Alguns fundos de hedge estão otimistas sobre a Argentina já há algum tempo, mas a tendência está ganhando força, dizem investidores. No fim do ano passado, o Brevan Howard Capital Management, de Alan Howard, criou um fundo de hedge para investir na Argentina, trabalhando em conjunto com o argentino Pierpaolo Barbieri e com o professor Niall Ferguson, da consultoria Greenmantle.

O PointState Capital LP — criado em 2010 por Zach Shreiber e três dos seus ex-colegas no Duquesne Capital Management LLC, de Stanley Druckenmiller — contratou Dario Lizzano, que já chefiou a área de pesquisas e vendas do banco


Morgan Stanley



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Morgan Stanley


U.S.: NYSE


$38.73


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Volume (Atrasada 15m)
:
7.96m



Depois do fechamento



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28 mai 2015 19:56


Volume (Atrasada 15m)
:
1.76m




Relação P/L
18.94

Valor de mercado
$76.08 Billion


Rendimento do dividendo
1.55%

Faturamento por empregado
$741,102









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na América Latina, para ajudar nos investimentos argentinos do próprio PointState, que chegam perto de US$ 1 bilhão.

O Bienville Capital captou cerca de US$ 250 milhões para um fundo argentino que já subiu quase 25% neste ano.

Federico Weil, diretor-presidente da imobiliária


TGLT SA,



TGLT.BA +4.21%



TGLT S.A.


Argentina: Buenos Aires


ARS9.90


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28 mai 2015 15:31


Volume (Atrasada 20m)
:
400




Relação P/L
N/A

Valor de mercado
ARS668.32 Million


Rendimento do dividendo
N/A

Faturamento por empregado
ARS5,736,530









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TGLT.BA in







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que é sediada na Argentina e tem ações negociadas nos Estados Unidos, diz que conversou com cerca de 25 fundos de hedge interessados na Argentina durante uma viagem de uma semana que fez neste mês a Nova York.

“Foi muito fácil” marcar encontros com investidores, diz ele. O PointState e o Bienville possuem, cada um, 13,5% da TGLT.

Alguns dos fundos estão se concentrando em ações e títulos argentinos, enquanto o fundo Bienville também está investindo em empresas de capital fechado com potencial para abrir o capital, diz o fundador do fundo, Cullen Thompson. Representantes da Brevan Howard e do PointState não comentaram.

Investidores estrangeiros têm uma relação no mínimo tensa com a Argentina. Em 2001, o país decidiu parar de pagar uma dívida de US$ 80 bilhões. Em 2012, o Elliot convenceu um tribunal de Gana a deter um navio de treinamento da Marinha da Argentina depois que o país não pagou uma suposta dívida de US$ 2,5 bilhões. Outros credores tentaram confiscar o avião presidencial.

Em julho de 2014, a Argentina incorreu na sua segunda moratória em 13 anos, resultado de uma contínua disputa jurídica com credores. Nos últimos anos, o país também confiscou um volume considerável de ativos que pertenciam a estrangeiros.

Os fundos de hedge afirmam que estão se voltando para a Argentina principalmente porque o segundo mandato da presidente Cristina Kirchner vai terminar em dezembro. Kirchner adotou políticas que alguns dizem ter prejudicado o crescimento. Da mesma forma que no Brasil, a constituição argentina não permite que um presidente exerça mais de dois mandatos sucessivos, o que impede Kirchner de disputar a eleição de outubro.

Os candidatos que podem substituí-la devem adotar políticas mais favoráveis aos mercados para recuperar a economia do país. A Argentina tem cerca de 41 milhões de habitantes e é rica em recursos naturais, inclusive petróleo, gás e produtos agrícolas. O governo afirma que a economia cresceu só 0,5% em 2014, mas economistas do setor privado estimam que mesmo essa taxa é irreal e que, na verdade, o PIB encolheu consideravelmente.

“A Argentina está numa situação ruim, mas com algumas mudanças ela pode melhorar”, diz David Tawil, diretor-superintendente do fundo de hedge Maglan Capital LP, que administra US$ 80 milhões e detém 14% da Madalena Energy, uma pequena petrolífera argentina com ações negociadas nos EUA e Canadá. “O potencial é enorme.”

É verdade que os ganhos em alguns investimentos locais parecem menos atraentes em dólares do que em pesos. Mas algumas empresas argentinas com ações negociadas no exterior também registraram altas.

Algumas afirmam que é muito cedo para apostar alto no país, já que pode ser difícil consertar a economia. Os céticos também dizem que o sucessor da presidente Kirchner pode não adotar políticas tão diferentes e que os representantes do partido dela no Congresso podem limitar as ações do novo presidente.

Kirchner também poderá concorrer ao Senado e alguns especulam que ela poderá disputar a presidência novamente no futuro. O próprio Elliott continua reticente quanto à Argentina, dizem executivos.

“Esses investimentos continuam muito voláteis e arriscados”, diz Arturo C. Porzecanski, professor de economia internacional da Faculdade de Serviço Internacional da Universidade Americana. Ele diz que os cidadãos argentinos ainda apoiam subsídios e um envolvimento maior do governo na economia, receando um desvio drástico das políticas de Kirchner.

O Soros Fund Management LLC, fundo do megainvestidor George Soros que possui um grande volume de ações da


YPF SA



YPF -0.43%



YPF S.A. ADS


U.S.: NYSE


$27.50


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28 mai 2015 16:03


Volume (Atrasada 15m)
:
463,578



Depois do fechamento



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%


28 mai 2015 16:20


Volume (Atrasada 15m)
:
5,720




Relação P/L
11.03

Valor de mercado
$14.15 Billion


Rendimento do dividendo
1.05%

Faturamento por empregado
N/A









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desde 2011, vendeu cerca de dois milhões de ações da petrolífera estatal no segundo semestre de 2014, segundo documentos apresentados aos reguladores.

Mas o fundo ainda é o terceiro maior acionista da YPF, com 11,6 milhões de ações no fim do primeiro trimestre. Outros fundos de hedge, incluindo Mason Capital Management LLC, Knighthead Capital Management LLC e Discovery Capital Management, também são grandes acionistas.

Os otimistas dizem que a possibilidade de um eventual retorno de Kirchner pressionará o seu sucessor a impulsionar o crescimento econômico incentivando investimentos na Argentina, antes que ela tenha chance de orquestrar uma volta.

Eles esperam que o novo governo corte alguns impostos e reduza limitações sobre importações e exportações de vários itens, incentivando o capital estrangeiro a voltar para o país.

Thompson, do Bienville Capital, diz que aposta num período volátil antes das eleições de outubro. Mas espera se valer da posição da empresa na Argentina no caso de uma venda generalizada de papéis argentinos, pois acredita que haverá mudanças econômicas seja quem for o novo presidente.

“Será bem mais difícil a partir de agora porque o período eleitoral está esquentando” e os investidores estão tentando adivinhar que políticas o novo governo pode adotar, diz.

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