Em Buenos Aires, criança tem duas mães homossexuais e um pai

 

 

Com um ano de idade e três sobrenomes, Antonio se tornou nesta quinta-feira o primeiro filho de um casal homossexual na Argentina a ter tripla filiação reconhecida em documento oficial.

 

Na Argentina, onde desde 2010 vigora a lei de matrimônio entre pessoas com o mesmo sexo, bastou uma petição administrativa para que fosse reconhecida a filiação de Antonio com duas mães e um pai.

 

- Estamos muito orgulhosos, é um dia histórico, essa tripla filiação foi uma decisão administrativa do governo da província de Buenos Aires, nem sequer precisamos ir à Justiça – diz Esteban Paulón, presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (FALGBT). –  Esse caso abre caminho para que se comece a debater isso no mundo todo.

 

Situação parecida ocorreu em 2014 no Brasil, quando um juiz autorizou o registro de nascimento de um bebê com duas mães, um pai e seis avós, em uma decisão única no país.

 

A tripla filiação contou com o aval do governo da província de Buenos Aires diante do Registro provincial das Pessoas, com base no qual o pai biológico não renunciou a seu direito de pedir a filiação.

 

Os pais de Antonio são Susana Guichal, de 39 anos, Valeria Gaete, 39, e Hernán Melazzi, 37.

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