O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina caiu 0,8% no terceiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), confirmando a tendência de recessão no país.
Trata-se da primeira contração econômica no país em cinco anos.
No primeiro trimestre de 2014, a economia havia crescido 0,8% em ritmo anual, e no segundo trimestre não registrou avanço (0,0%).
A queda de 0,8% no terceiro trimestre foi provocada, principalmente, por um forte recuo no setor industrial e no comércio exterior.
A produção industrial caiu 2,1% em novembro em relação ao mesmo mês de 2013, e soma 16 meses consecutivos de baixa, segundo o INDEC.
Em onze meses, o setor manufatureiro sofreu uma contração de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em relação ao mês de outubro, o recuo foi de 2,5%.
A queda foi liderada pelo indústria de veículos, que em onze meses recuou 21,9%.
No comércio exterior, a queda nas exportaciones foi de entre 9% e 12%, enquanto as importações recuaram entre 8% e 20%.
Para o governo, a situação é resultado do impacto da crise internacional e, em particular, da queda da demanda no Brasil, principal parceiro do Mercosul.
Em outubro passado, o Fundo Monetário Internacional confirmou sua previsão de queda do PIB argentino de 1,7% em 2014, mas o governo da presidente Cristina Kirchner insistiu em que haveria um avanço de 0,5%.
O PIB argentino cresceu 3,0% em 2013, mas a indústria e o comércio desaceleraram após a desvalorização de 18% do peso em janeiro e da escassez de dólares para enfrentar a demanda da moeda americana e dos importadores.
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