FERNANDO DANTAS / Gazeta Press
A Polícia Miltar teve se subir ao gramado para apartar o princípio de confusão entre os atletas no intervalo
A final da Copa Sul-Americana 2012 ficou manchada pela recusa do Tigre (ARG) de voltar ao gramado. Seus jogadores alegaram terem sido agredidos e ameaçados por armas pelos seguranças do São Paulo. A pancadaria, no entanto, de acordo com o Tricolor, foi iniciada pelos próprios argentinos, que tentaram invadir o vestiário tricolor.
Em entrevista ao R7, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, vice-presidente são-paulino, afirmou que os rivais estavam descontrolados ao término do primeiro tempo.
- No intervalo, eles partiram para cima do Lucas. Não conseguiram pegá-lo no campo por intervenções nossas, então tentaram invadir o vestiário e os nossos seguranças agiram.
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No intervalo, ainda no campo, houve bate boca e empurrões entre os atletas, com o Tricolor paulista triunfando por 2 a 0. O Tigre alega que seus atletas foram agredidos e ameaçados com armas. A Polícia Militar de São Paulo, que apartou a confusão, nega que qualquer segurança tricolor estivesse armado.
Porém, antes mesmo de a bola rolar o Tigre já queria briga. O fato de o São Paulo ter impedido a equipe de realizar o aquecimento no gramado revoltou os argentinos, que empurraram seguranças tricolores e invadiram o campo.
- Eles estavam muito irritados, nos provocaram e nos desrespeitaram muito até antes do início do jogo. Houve a determinação de que o aquecimento não seria no campo, apenas atrás do gol, mas eles não respeitaram. Todos os grandes times do Brasil vêm jogar aqui, muito maiores do que esse Tigre, e eles respeitam. Eles tiveram uma postura agressiva e acintosa o tempo todo.
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A guerra, no entanto, começou na semana passada. Mais precisamente no dia 4 de dezembro, uma terça-feira, dia em que o São Paulo fez o reconhecimento do gramado da Bombonera na véspera do primeiro jogo da decisão do torneio.
De acordo com relato do vice-presidente de futebol tricolor, João Paulo de Jesus Lopes, o elenco são-paulino começou a sofrer intimidações quando subia as escadarias do estádio do Boca Juniors, palco da decisão.
- A gente começou a subir as escadas e os seguranças empurraram a gente. Tudo começou ali, na semana passada, na Argentina. Eles não queriam deixar a gente entrar no gramado porque o Tigre ainda estava lá.
Após o jogo do Morumbi, encerrado no intervalo sem o Tigre ter voltado a campo, o elenco argentino foi para a delegacia prestar queixa, enquanto o São Paulo dava sua volta olímpica e ironizava a “fuga” dos rivais. O técnico Ney Franco ironizou.
- Eles pipocaram para a gente. Fugiram do jogo, pipocaram. Não houve briga alguma, ficaram com medo de perder de mais.
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