Brasília - As presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner (Argentina) concordaram na noite desta sexta-feira, durante reunião em Brasília, que os dois países devem aumentar e diversificar o seu comércio bilateral e torná-lo "mais intenso" com o restante da região.
"Falaram sobre aumentar o comércio, diversificá-lo, encontrar maneiras de favorecer um intercâmbio comercial mais intenso não apenas entre Brasil e Argentina, mas também na região, dentro do Mercosul e da América do Sul", revelou o ministro brasileiro das Relações Esteriores, Antonio Patriota.
Dilma e Cristina reuniram-se ao final da Cúpula do Mercosul em Brasília, e o encontro durou cerca de três horas, envolvendo relação bilateral, investimentos, projectos de integração na áreas de infraestrutura e energia e integração no âmbito do Mercosul e da América do Sul".
Foi "uma conversa muito ampla e extremamente positiva. A ideia agora é realizar uma reunião técnica para detalhar alguns projectos que surgiram hoje até a semana de 14 a 18 de Janeiro", disse o diplomata.
Kirchner convidou Dilma "a visitar El Calafate, a sua terra natal, no final de Janeiro", após a cúpula União Europeia-América Latina.
As duas "vão se reunir em El Calafate com os seus ministros, num encontro onde analisarão o que foi implementado e verão como seguir adiante", destacou o ministro argentino, Héctor Timerman.
"Acreditamos que haverá um salto qualitativo no aprofundamento da relação e da integração produtiva que estamos a promover".
O intercâmbio bilateral entre Brasil e Argentina somou 39,615 biliões de dólares em 2011, com superávit para o Brasil de 5,803 biliões.
As exportações brasileiras para a Argentina, terceiro parceiro comercial do Brasil, caíram 20 por cento entre Janeiro e Agosto, após a adopção de barreiras.
As exportações argentinas para o Brasil também caíram, em 7 por cento, no mesmo período.