Segundo informaram fontes oficiais argentinas, as duas presidentes se reuniram durante cerca de 40 minutos antes de participar da inauguração da Cúpula Celac-UE.
A presidente argentina sustentou que antes de avançar na negociação de um acordo comercial com a UE, o Mercosul deve "discutir e reelaborar novas propostas e apresentar uma nova oferta no último trimestre deste ano" ao bloco europeu. "A negociação com a União Europeia não pode ser com as bases tomadas em 2004", disse Cristina, acrescentando que é preciso construir "um novo esquema de premissas" no qual também participem Uruguai, Venezuela e Paraguai.
O Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) como castigo temporário pela cassação do presidente Fernando Lugo em junho do ano passado por parte do Congresso e até pelo menos depois das próximas eleições presidenciais do mês de abril naquele país.
Cristina Kirchner pediu para se criar uma comissão para que elabore "novas propostas e uma nova oferta" do Mercosul porque, segundo sua opinião, "neste novo mundo há novos protagonistas e novos termos de troca comercial". A governante argentina qualificou a reunião com Dilma como "excelente", apesar de esperar um novo encontro, porque, segundo disse, "não se teve tempo".