Dilma defende na ONU regras de proteção à privacidade

A proposta que será defendida pela líder brasileira tem o objetivo de garantir maior proteção aos dados de pessoas e instituições. Até hoje, o governo americano não deu explicações convincentes sobre a espionagem da presidente e de assessores pela agência de segurança americana NSA, conforme revelaram documentos transmitidos pelo ex-consultor Edward Snowden. O mal-estar gerado pelo caso com o governo de Barack Obama levou Dilma a cancelar uma viagem de estado a Washington que estava agendada para outubro.

A presidente deve incluir em seu discurso na ONU a crise na Síria e críticas ao uso de armas de destruição em massa. Porém, sem apoiar uma intervenção militar contra o país árabe, outro ponto de divergência com Obama.

No período da tarde, Dilma vai participar da abertura do Foro Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável "Building the future we want: from Rio +20 to the Post-2015 development Agenda" e terá reunião com o presidente da Tefefonica, Cesar Alierta.

Clinton teve "conversa fantástica" com Dilma

Ontem, Dilma se reuniu com o ex-presidente americano Bill Clinton e com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Clinton saiu do encontro dizendo que tinha tido uma conversa "fantástica" com a presidente brasileira. Ele busca uma parceria entre o Brasil e a Clinton Global Initiative (CGI), fundada em 2005, com o objetivo de criar e implementar soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. O encontro anual da CGI, que reúne líderes globais, é realizado a cada mês de setembro em Nova York.

Em seguida, Dilma recebeu a presidente da Argentina, uma aliada contra os abusos do serviço secreto americano. Na saída do encontro, Kirchner disse que "a atitude da presidente [Dilma] em relação à questão da espionagem é uma posição de dignidade e de defesa da soberania nacional".

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