Os países que vão deixar de contar com a presença do maior banco alemão são: Argentina, Chile, México, Perú, Uruguai, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Malta e Nova Zelândia.
As alterações hoje comunicadas a nível internacional não vão ter qualquer efeito em Portugal, garantiu ao Económico o responsável de comunicação do banco no País.
Para além dos 9000 despedimentos, o Deutsche Bank prevê ainda dispensar 6000 consultores externos, para além de vender uma subsidiária alemã, o Postbank, o que implica menos 14 mil assalariados.
O novo co-presidente do Deutsche Bank, John Cryan, que assumiu o cargo com a missão de imprimir uma clara mudança de rumo da instituição financeira, revelou na sua primeira aparição pública "medidas duras" para devolver um banco "íntegro e fiável" com "lucros sustentáveis", que correrá menores riscos e elevará os seus 'standards' de capital. Com a alienação de ativos, o grupo espera ainda cortar 20.000 postos de trabalho nos próximos 24 meses e poupar 3,4 mil milhões de euros até 2018.
Só no terceiro trimestre, os prejuízos atingiram os 6.000 milhões de euros, em grande medida, justificados pela depreciação de 5.800 milhões no negócio da banca de investimento.
Entre janeiro e setembro, o Deustche Bank registou um prejuízo recorde de 4.647 milhões de euros. A economia também atingirá os acionistas, pois o banco estabeleceu corte de dividendos em 2015 e em 2016. Para isso, o pagamento de dividendos também vai ser suspenso por dois anos.
O peso dos custos com processos judiciais nos quais o banco está envolvido assume um impacto significativo e o Deutsche Bank reserva 1200 milhões de euros para lidar com eles.