Passada a torrencial chuva que caiu sobre o estádio Monumental de Nuñez na última quinta-feira e não permitiu a realização do jogo entre Argentina e Brasil, é hora das duas maiores seleções da América do Sul finalmente entrarem em campo, nesta sexta-feira, às 22h (de Brasília). Com um dia de atraso, os ânimos das duas equipes seguem altos e a ansiedade para o disputado confronto até mesmo aumentou um pouco.
Lucas Lima, que já possuía a escalação confirmada pelo técnico Dunga para a partida que não pôde ocorrer na noite de quinta, lamentou ter que esperar mais um pouco para ter que entrar em campo, mas espera seguir entre os selecionados do time titular nessa sexta: “Claro que ficamos tristes, né? Queremos chegar logo, entrar e resolver. O jeito é segurar a ansiedade em mais um dia. Vai que o professor muda. Tomaram que nada mude até amanhã”.
Do lado albiceleste, jogar o confronto um dia mais tarde não ajuda a seleção de Martino com seu principal problema: as ausências por lesão. Sem jogadores de peso no ataque, como Tevez, Aguero, e até mesmo Lionel Messi, caberá a Di Maria, Lavezzi e Higuaín comandar as ações ofensivas do time, na esperança de conseguir uma importante vitória em casa sobre seu grande rival.
Os três craques argentinos sofrem com lesões e foram vetados pelos médicos para o confronto. Já a Seleção esbanja expectativa com relação ao retorno de Neymar. Expulso na derrota por 1 a 0 para a Colômbia, na fase de grupos da Copa América, o craque brasileiro recebeu quatro jogos de suspensão da Conmebol e teve de cumprir metade da pena nas duas rodadas anteriores das Eliminatórias. Sem o astro do Barcelona, o time canarinho perdeu por 2 a 0 para o Chile, em Santiago, e venceu a Venezuela por 3 a 1, em Fortaleza.
Com os três pontos somados até o momento, o Brasil aparece no quinto lugar da competição. Para Dunga, a irregular situação da equipe ainda não é motivo para preocupação. “A pressão é a mesma. Os mais experientes sabem que nunca foram fáceis as Eliminatórias para o Brasil e outros times. A tendência é a dificuldade aumentar, porque as outras equipes têm jogadores na Europa. Nós precisamos estar habituados, a pressão sempre existirá”, afirmou.
Para sorte do Brasil, os desfalques de suas estrelas não serão os únicos problemas enfrentados pela Argentina nessa partida. Os fracassos nas finais da Copa do Mundo e da Copa América aumentaram a pressão da torcida sobre os atletas comandados por Gerardo Martino. Os protestos levaram a federação local a cogitar a mudança do clássico para o interior do país, onde o público costuma ser mais afetuoso com a seleção. Mas a estratégia não foi para frente e o duelo acabou confirmado para a capital.
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Eliminatórias: Tevez sente lesão, é cortado da Argentina e não enfrenta o Brasil
Foi no caldeirão do Monumental de Núñez que os argentinos fizeram a sua desastrosa estreia nas Eliminatórias. Uma derrota por 2 a 0 para o Equador, seguida de um empate sem gols com o Paraguai, mantêm os hermanos na sétima posição. “A Argentina teve muitas chances contra o Equador e perdeu nos detalhes. Eles tiveram um contra-ataque e decidiram o jogo. Depende de como o jogo vai se mostrar. A vontade de todos os jogadores é fazer gols, mas muitas vezes temos que saber defender a atacar com a mesma eficiência”, disse o cauteloso Dunga ao comentar sobre a situação dos rivais.
Além de Messi, Tevez e Agüero, Martino não terá à disposição os defensores Zabaleta e Garay. O meia Pastore está com dores e também é dúvida. “É um alívio para qualquer equipe quando não podemos contar com alguns jogadores. Não creio que isso torna o Brasil favorito. É um clássico e os dois têm atletas importantes. As condições estão equiparadas”, afirmou o treinador argentino. “A identidade de uma equipe não se perde com uma derrota. O que mais me preocupa é trazer tranquilidade ao grupo de jogadores. Abstrair [a pressão] é muito difícil”.
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA X BRASIL
Local: Estádio Monumental de Núnez, em Buenos Aires (Argentina)
Data: 13 de novembro de 2015, sexta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Antonio Arias (Paraguai)
Auxiliares: Eduardo Cardozo e Milciades Saldívar (ambos do Paraguai)
ARGENTINA: Romero; Roncaglia, Otamendi, Funes Mori e Marcos Rojo; Biglia, Mascherano e Banega; Di María, Higuaín e Lavezzi
Técnico: Gerardo Martino
BRASIL: Alisson; Daniel Alves (Danilo), Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luis Gustavo, Elias, Willian e Douglas Costa; Neymar e Ricardo Oliveira.
Técnico: Dunga
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