Cristina Kirchner diz que Venezuela sofre tentativa de "golpe suave"

Por Lígia Mesquita
BUENOS AIRES, ARGENTINA, 1 de março (Folhapress) - Em seu anual discurso no Congresso argentino para inaugurar o ano legislativo do país, a presidente Cristina Kirchner afirmou, hoje, que a Venezuela sofreu uma "tentativa de golpe suave".
Cristina disse que não estava defendendo a Venezuela nem seu presidente, Nicolás Maduro, mas sim a democracia.
"Venho defender o sistema democrático de um país, como fizemos na Bolívia, no Equador, e defenderemos qualquer país da região, seja [seu governo] de esquerda ou de direita", disse, aplaudida de pé pela maioria dos parlamentares. "A democracia é respeitar a vontade soberano do povo."
Cristina ressaltou que também defenderia a democracia mesmo em governos que não são aliados ideologicamente ao seu, como o de Sebastián Piñera, no Chile, e de Juan Manuel Santos, na Colômbia.
"Nunca me ocorreu não respeitar a vontade do povo chileno quando a Concertação [coalizão de esquerda] perdeu. Jamais pensei em não defender o presidente Santos, mesmo que tenhamos pensamentos totalmente opostos."
Há cerca de três semanas, o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é alvo de protestos que tomaram principalmente as ruas da capital, Caracas. Ao menos 17 pessoas já morreram e 216 ficaram feridas nas manifestações.
Um dos principais opositores de Maduro, Leopoldo López, foi preso no dia 18 sob a acusação de incitar os protestos para forçar a saída do presidente. 

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