O vice-presidente Amado Boudou encurtou sua visita à França para voltar à Argentina e assumir a presidência interina do país durante a ausência de Cristina Kirchner.
Ela sofreu um choque na cabeça no dia 12 de agosto e na época, os médicos nada encontraram de anormal, segundo seu porta-voz. No sábado, a presidente realizou exames de rotina em Buenos Aires, em uma instituição especializada em doenças cardiovasculares.
Os médicos então diagnosticaram um hematoma subdural crônico, ou seja, uma camada de sangue na membrana que reveste o cérebro. Este tipo de hematoma geralmente acontece após um traumatismo.
Cristina Kirchner, de 60 anos, deverá suspender sua participação na campanha para as eleições legislativas de 27 de outubro. Pesquisas indicam que a oposição poderá obter maioria no Congresso.
Dentro e fora do país, Cristina Kirchner recebeu mensagens de apoio e solidariedade. Pelo twitter, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, expressou sua solidariedade à Cristina "que está de repouso médico". Cristina é amiga do Brasil e minha amiga, escreveu Dima.
O presidente colombiano Juan Manuel Santos enviou também neste domingo uma saudação afetuosa à presidente argentina e desejou-lhe pronta recuperação.
Desde seu primeiro mandato, em 2007, Cristina Kirchner sofreu várias crises de hipertensão, mas seu problema mais grave de saúde foi o anúncio de um câncer que se revelou falso após a retirada da glândula tireóide. Exames posteriores não confirmaram a presença de células cancerosas.