Condutor de trem envolvido em acidente na Argentina diz que freios …

O condutor do trem que se chocou contra outro na periferia de Buenos Aires, causando a morte de três pessoas e deixando outras 315 feridas, declarou ao juiz que o acidente ocorreu por causa de uma falha nos freios, informaram neste domingo (16) fontes da defesa, que questionaram a responsabilidade do maquinista.

"O motorista viu o sinal de precaução e tentou frear, mas não funcionou. Viu os outros sinais (de perigo), voltou a tentar a fazer uma manobra e não teve respostas", afirmou à rádio "Mitre" a advogada do maquinista, Valeria Corbacho. Valeria ainda acrescentou que Daniel López acionou o freio de emergência, que também não funcionou.

O acidente ocorreu durante o horário de rush matinal da última quinta-feira a poucos metros da estação de Castelar, situada a uns 30 quilômetros de Buenos Aires.

Fontes sindicais confirmaram hoje que López foi posto em liberdade, mas segue como acusado no processo, ao contrário do maquinista da outra formação, Raúl Ahumada, que foi libertado ontem à noite após finalizar seu depoimento às autoridades.

O relato do motorista contrasta com a versão divulgada pelo ministro de Transporte da Argentina, Florencio Randazzo, que ressaltou que o trem "tinha freios novos" e aponta um possível erro humano como causa da colisão.

"Não há nenhuma evidência física e nem mecânica que o motorista tenha tentado frear a formação", assinalou, por sua vez, o presidente da Comissão Nacional de Regulação do Transporte (CNRT), Ariel Franetovich.

Trens se chocam em Buenos Aires e deixam mortos e feridos

"A alavanca de velocidade estava no máximo e o painel do freio não foi ativado", acrescentou Franetovich às portas do Tribunal de Morón, onde compareceu na tarde de ontem para apresentar provas. Segundo o último boletim da Direção de Emergências, dos 315 feridos no acidente, 15 seguem hospitalizados, três deles em tratamento intensivo.

O acidente da última quinta-feira (13) ocorreu na mesma linha que o acidente registrado há pouco mais de um ano, quando 51 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas.

Na ocasião, um trem se chocou contra a plataforma da estação de Onze, uma das mais transitadas de Buenos Aires.

O Executivo de Cristina Kirchner assumiu a gestão da linha após a tragédia na estação Onze e prometeu uma "revolução no transporte", mas, com o novo acidente, a população voltou a criticar o estado precário do sistema ferroviário na Argentina.

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