Comeou nesta segunda-feira o julgamento da ex-ministra de Economia da Argentina durante o governo de Nstor Kirchner, Felisa Miceli. A primeira funcionria do governo kirchnerista a ser investigada e julgada por atos de corrupo negou-se a declarar no julgamento oral e pblico. Miceli foi indiciada depois que a polcia encontrou um saco de papel contendo 100 mil pesos e US$ 31,670 mil dentro de banheiro privado do gabinete do ministrio de Economia. "Sou inocente de tudo isso e espero que no resto do debate se esclarea" o assunto, disse Miceli, que preferiu "declarar em outro momento".
"Meus advogados disseram que eu posso responder s perguntas depois", argumentou Miceli. A ex-ministra no pode comprovar a origem dos recursos e foi acusada de operaes financeiras irregulares, delito pelo qual a pena mxima de trs anos. A promotoria tambm a acusa de destruir documentos da ata original da diviso de investigaes da brigada de explosivos, quando os policiais encontraram o dinheiro durante uma inspeo de rotina de segurana.
Para esse delito, est previsto pena de at quatro anos de priso. O caso provocou a renncia de Miceli, apesar das vrias justificativas sobre a origem e o destino do dinheiro. A ex-ministra afirma que planejava comprar um apartamento. Mais de 60 testemunhas foram citadas pelo juiz responsvel do caso e o julgamento deve durar at meados de dezembro. Depois de deixar o governo, Miceli foi trabalhar como assessora da organizao de direitos humanos, Mes de Praa de Maio, que tambm est envolvida em um escndalo de desvio de recursos pblicos.