SÃO PAULO (ANSA) - Após cerca de 30 minutos de atraso, o técnico da seleção brasileira, Dunga, e o meia Elias deram uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (11) sobre o confronto contra a Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
"Estamos concentrados em jogar futebol e sabemos que há a pressão da torcida. Tem um grande respeito do profissional.
Antes era uma guerra, hoje é um confronto de profissionais. Nós temos que estar preparados para a partida", diz o treinador sobre a rivalidade com os argentinos.
Dunga diz que não há superioridade no clássico e que cada jogo é diferente. "Na teoria, é melhor pegar o time em dificuldade.
Mas, se tratando de uma grande seleção, quanto maior a dificuldade, mas ele tiram algo de si. Vai tirar o orgulho lá de dentro do coração", ressaltou.
Questionado sobre os desfalques da equipe adversária para o confronto, o gaúcho lembrou que "a Argentina joga em casa, é vice-campeã mundial, tem um trabalho de 10 anos com os mesmos jogadores. Isso já demonstra a dificuldade. Não tivemos o Neymar nos dois primeiros jogos e nem por isso disseram que teríamos dificuldade. Em se tratando de seleção, não se fala de um jogador, do outro".
Sobre os possíveis jogadores que entrarão na equipe principal, ele afirmou que pede que os atletas façam "o que fazem em seus clubes" e que o time já está em sua cabeça. Ele ainda foi muito questionado sobre a volta do craque do Barcelona e disse que "contar com os melhores jogadores sempre é bom".
"Se tratando do Neymar, ele vive uma ótima fase no Barcelona.
Para nós é importante o retorno dele, que ele possa contribuir com os demais jogadores e que ele possa fazer um bom jogo pela Seleção". Ao falar do golaço que o brasileiro marcou no último domingo (08) contra o Villarreal, o técnico ressaltou que pensou 'por que ele não faz isso comigo?' Ainda sobre o capitão da seleção, o treinador afirmou que prefere o atleta a Messi ou a Cristiano Ronaldo.
"Se fizermos o ranking por número, estatística, o Neymar está mostrando um aproveitamento superior. O Messi está machucado, o Cristiano a gente tem expectativa de que repita o ano passado. Neymar tem crescimento constante, desde que chegou ao Barcelona. Sem o Messi, tem correspondido à expectativa. Está num bom momento", analisou.
O líder da seleção foi questionado sobre a pressão de estar no cargo e que o que vive atualmente no comando da equipe é o mesmo que viveu em sua primeira passagem, ressaltando que "nunca foi fácil as eliminatórias para o Brasil e nem para as outras equipes".
Sobre os rumores de que poderia ser demitido na seleção, Dunga afirmou que "seleção sempre tem cobrança e isso é normal". O técnico afirmou ainda que não acredita que há brasileiros que torcem contra a seleção brasileira."É como um filho, você pode dar bronca, mas não deixa de amar", disse.
- Elias fala que não há favoritismo em clássico: O meia Elias também falou com os jornalistas e foi questionado, principalmente, sobre os desfalques da seleção argentina.
Perguntado sobre a ausência de Lionel Messi, que não irá para a partida por estar machucado, o jogador do Corinthians destacou que ele é "insubstituível", mas que isso "não significa que quem não estiver em campo não será de qualidade".
"Os jogadores que entrarem para substituir os titulares têm qualidade, têm que ser respeitados. A gente tem que ir para lá fazer um grande jogo independente dos desfalques que eles tenham. A gente quer vencer e vai valorizar esse jogo. A seleção argentina não é qualquer seleção", ressaltou o jogador.
Para ele, a volta de Neymar é boa para a equipe, já que o atleta "é um grande jogador" e "uma pessoa fantástica na resenha do dia a dia". O confronto contra os argentinos ocorre amanhã (12), às 22h, no estádio Monumental de Nuñez.