Chanceleres do Brasil e da Argentina discutem agenda bilateral

Mais um encontro bilateral para promover a agenda política da parceira estratégica entre os dois países ocorreu nesta terça-feira (19), na capital fluminense, entre os chanceleres do Brasil, Antonio Patriota, e da Argentina, Héctor Timerman. Após a reunião, Patriota disse que diversos assuntos foram tratados, principalmente na área de integração energética, de defesa, nuclear e espacial.

“Queremos que siga em frente esse contato regular sobre as áreas consideradas de maior sensibilidade e valor estratégico para a relação bilateral, que são a espacial, nuclear, de defesa, a de integração energética, agora se beneficiando já com avanços nos estudos de viabilidade das hidrelétricas de Garabi e Panambi no rio Uruguai, telecomunicações, entre outras”, disse Patriota.

O chanceler brasileiro informou ainda que a negociação comercial do Mercosul com a União Europeia também esteve na pauta das conversas. “Analisamos assuntos relacionados ao Mercosul, a retomada das negociações Mercosul-União Europeia, com base na decisão ministerial que foi tomada à margem da [cúpula União Europeia-Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos] Celac em Santiago [em janeiro deste ano], entre os membros da União Europeia e do Mercosul, que estabelece o intercâmbio de ofertas melhoradas até o final de 2013”.

Segundo o chanceler argentino, a negociação com o bloco europeu deve ser feita de forma regional. “Estamos muito interessados que essa negociação siga adiante e termine com êxito, e que esse êxito não seja simplesmente o fechamento de um acordo, mas que seja um beneficio tangível para o desenvolvimento mais equitativo das duas regiões”.

Patriota e Timerman trataram ainda da incorporação da Venezuela e da Bolívia ao Mercosul, além do retorno do Paraguai ao bloco. O Paraguai está suspenso desde junho de 2012, após o presidente Fernando Lugo ter sido destituído do poder.

O ministro brasileiro aproveitou a reunião para agradecer o apoio da Argentina à candidatura do embaixador brasileiro Roberto Azevedo à direção-geral da Organização Mundial do Comercio (OMC). De acordo com Timerman, a eleição de um latino-americano par o cargo é importante para a história das relações comerciais. “Estamos seguros quanto à qualidade, conhecimento e marca que Roberto Azevedo poderá dar a uma organização que tem severas deficiências neste momento”.

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