Candidatos argentinos dão receitas pra combater iminente falta de …

 

Os candidatos à presidência argentina reconhecem a iminente escassez de dólares no país, mas têm opiniões distintas sobre como sair dessa situação.

O governista Daniel Scioli, favorito para vencer a disputa, quer atrair investimentos externos e, com isso, liberar gradualmente as restrições à importação.

A expectativa é de que ele renegocie com credores. 

Segundo colocado na corrida pela Casa Rosada, Mauricio Macri, da coligação Cambiemos (centro-direita), defende ajuste imediato na economia, o que poderia significar uma desvalorização do peso.

O objetivo é restabelecer o crescimento rapidamente.

A situação se tornou quase que uma emergência: a agência de classificação de risco Moody’s alertou para o baixo nível de reservas em dólar que o próximo presidente da Argentina vai herdar após a saída de Cristina Kirchner do poder.

Conforme a Moody’s as reservas em moeda forte em poder do Banco Central do país só devem durar até o fim do ano. Cristina deixa a presidência em 10 de dezembro, após eleição presidencial cujo primeiro turno será no próximo dia 25.

- Não há dólares suficientes para cobrir as necessidades. As reservas são suficientes para sobreviver até 10 de dezembro – diz o analista da Moody’s Gabriel Torres.

Leia mais sobre as eleições argentinas abrindo este link que remete para outros posts do blog Território Latino.

Fora do mercado internacional de crédito desde julho de 2014, quando rejeitou negociar com credores estrangeiros, a Argentina depende basicamente das exportações para obter dólares.

Porém, também essa receita vem diminuindo, com a queda no preço das matérias-primas no mercado internacional e a recessão no Brasil, seu principal parceiro comercial.

Com a escassez de dólares, o governo limitou a compra de insumos importados pelas indústrias, o que estancou a economia local. A nova projeção do FMI é que a Argentina crescerá 0,4% neste ano e, em 2016, terá uma retração de 0,7%.

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