ROSÁRIO (ARGENTINA) – Mais do que encarar as estradas de terra, o deserto e as condições climáticas, os brasileiros que deixam neste domingo a cidade de Rosário no início da 36ª edição do Rali Dacar tem outro desafio: terminar a competição colocando o Brasil em uma boa colocação na classificação final.
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Ao todo são seis representantes que vão percorrer os mais de 9 mil km entre a cidade argentina e Valparaíso, no Chile. Pela Honda Racing Rally Team, Jean Azevedo e Dário Júlio competem entre as motos. Nos carros, duas duplas defendem o time Mitsubishi Petrobras: Guilherme Spinelli e Youssef Haddad e Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin. Dentre eles, Dário, Reinaldo e Gustavo disputam pela primeira vez a competição. E terminar uma prova tão difícil já é um prêmio
“A expectativa é fazer um bom rali. Tentaremos chegar na melhor colocação possível”, afirmou Reinaldo Varela, da Mitsubishi. “Espero chegar a Valparaíso sendo um piloto mais completo para ter melhores condições nas próximas competições”, disse Dário.
Já Jean Azevedo, Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, já sabem o que os espera pela frente. Azevedo, por exemplo disputa o Dacar desde 1996 e chegou na quinta colocação nas motos em 2003.
“Vai ser a minha primeira vez de Honda e com uma moto nova. A expectativa é grande”, afirmou o piloto. Já Spinelli e Youssef, torcem por melhor sorte do que no ano passado, quando uma enxurrada prejudicou a parte elétrica de seu ASX Racing, os impedindo de terminar o Rali. “Sinceramente esperamos acima de tudo que não enfrentemos o imponderável novamente. Já bastam as dificuldades inerentes ao próprio rali, enfrentar fenômenos naturais não precisa né?”, riram.
NOVO PERCURSO
A novidade em 2014 que deve dificultar ainda mais a vida dos pilotos são as etapas especiais para cada categoria. Entre as etapas 7 e 8 (que vai de Salta até Calama), as motos e quadriciclos passarão pela cidade de Uyuni, na Bolívia, enquanto caminhões e carros irão direto para o Chile.
“Isso com certeza vai dificultar bastante a vida dos motociclistas. Quando temos etapas separadas, a organização pode pensar somente mas motos e colocar etapas bem mais travadas”, explicou Jean Azevedo. Para encarar esse desafio, os brasileiros da Honda terão a disposição as motos CRF 450 Rally (para Azevedo) e CRF-450X (pilotada por Dário Júlio). Já nos carros ambos as duplas terão a disposição o modelo ASX Racing com motor Aston Martin de 348.5 HP, o mesmo modelo utilizado em 2013.
“O que mais mudamos foram detalhes técnicos de acerto de suspensão, alguns periféricos do motor e itens que melhoram a resistência do carro”, disse Guilherme Spinelli. O Rali Dacar tem a largada marcada para as 5h20 (horário local. A bandeira final será dada no dia 18 de janeiro em Valparaíso, no Chile.
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