Aventura com selo Dakar vai à Bolívia

A edição de 2014 do “Dakar” tem cerca de uma vintena de inscritos a menos do que a anterior, mas esse acaba por ser pormenor estatístico e que em nada diminui mais uma aventura na América Latina. A novidade da passagem pela Bolívia – por troca com o Peru – é um dos pontos em destaque na prova que vai começar a 5 de janeiro próximo na cidade argentina de Rosário.

“Regressámos ao conceito da endurance”, assinalou David Castera, diretor-desportivo do rali-raid organizado mais uma vez pela ASO. “Tentámos preservar a alma do rali-raid, com especiais longas, fora dos parâmetros do sprint puro do motocross ou do WRC”, acrescentou Castera, considerando também que a edição do próximo ano vai dar “tanta importância ao aguadeiro, como à gestão das equipas.”

Odisseia

A organização encontrou uma espécie de subtítulo (lema) para esta 6.ª incursão na América Latina. O “Dakar” 2014 é definido com a “Odisseia” e tem uma particularidade: há várias “especiais” (5) que têm percursos distintos para os concorrentes. As motos e os quads enfrentam um desafio, enquanto carros e camiões avançam por outro completamente diferente.

No total, são 9.374 quilómetros para os carros – cerca de 5.500 destes em regime de luta contra o cronómetro. As 13 etapas levam a caravana a “subir” literalmente – alguns sectores estão 3.600 metros acima do nível do mar – no terreno e na geografia. Tudo começa em Rosário, na Argentina, para avançar em direção a norte, passando pela Bolívia, para depois descer, próximo do mar e entrar no Chile, onde o pódio, instalado na cidade de Valparaíso, estará à espera dos concorrentes.

A vertente competitiva, essa, está assegurada. De acordo com as inscrições já conhecidas, há 151 carros, 175 motos, 41 quads e 71 camiões. É muita gente, a maior parte interessada apenas em cumprir as 13 etapas e controlar na chegada a Valparaíso no dia 18 de janeiro. Mas a discussão pelos primeiros lugares terá igualmente muitas histórias para contar. No caso das motos, histórias que vão interessar aos portugueses, ou não tivéssemos pilotos capazes lutar pelo pódio.

NÚMEROS DA EDIÇÃO DE 2013

415 milhões de dólares (307 milhões de euros) – impacto económico direto nos 3 países que acolheram a prova (Argentina, Chile e Peru);

350 milhões de dólares (259 milhões de euros) – estimativa do retorno calculado em função das transmissões televisivas;

190 países que transmitiram, em direto ou diferido, imagens da edição do ano passado;

70 cadeias de televisão presentes na prova;

4,6 milhões de espectadores ao vivo – total de pessoas que tomaram contacto com o “Dakar”. O Peru, com 1,8 milhões, foi o país que mais contribuiu.

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