Oficialmente, o Atlético não confirma. Mas o clube flertou, sim, com o meia argentino Juan Roman Riquelme, que fez história no Boca Juniors, por quem faturou três títulos de Copa Libertadores (2000, 2001 e 2007).
Quem confirmou a possibilidade de Riquelme desembarcar na Arena da Baixada foi o ex-zagueiro e hoje empresário Jorge Baideck. Ele é muito ligado ao empresário de Riquelme, Daniel Bolotnicoff – e também ao presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia. Baideck, além de confirmar a sondagem, falou ainda que o jogador gosta da idéia de atuar no futebol brasileiro. Porém, eximiu-se de dizer em qual clube.
No Atlético, o discurso sobre a vinda de Riquelme é escapista. “Todo e qualquer jogador do nível do Riquelme interessaria, mas não temos absolutamente nada”, afirmou ontem o vice de futebol, João Alferdo Costa Filho, a uma rádio de Curitiba. O dirigente ainda se disse alheio às contratações. “É o Petraglia que está conduzindo as contratações. A partir da semana que vem é que vamos começar a pensar”, completou. Segundo ele, a prioridade do momento era o acerto para a liberação de verbas do BNDES para as obras da Arena da Baixada.
Um dos problemas do Atlético para acertar com Riquelme seria a concorrência. Apenas neste ano, pelo menos três outros times – Cruzeiro, Flamengo e Santos – manifestaram interesse. Outro é a questão da condição física do jogador. No dia 5 de agosto, seu contrato com o Boca Juniors foi suspenso, por causa de uma dívida do clube com o jogador. Riquelme não recebe salário e não tem obrigação de treinar. Cogitou até encerrar a carreira.
A favor do clube paranaense, pesa o bom relacionamento de Petraglia e Baideck. E o fato de Riquelme conhecer a estrutura do Furacão – chegou a treinar no CT do Caju, com todo o time do Boca Juniors, antes da final da Libertadores de 2007, em que o time foi campeão em cima do Grêmio. Além disso, há a inclinação do Atlético em contratar estrangeiros. Tanto que um zagueiro argentino estaria na mira do clube. O nome, porém, não foi revelado.
Riquelme é considerado um dos cinco maiores jogadores da história do Boca Juniors, ao lado de Maradona, Varallo, Gatti e Palermo. Pela seleção argentina, disputou uma Copa do Mundo (2006) e ganhou a medalha de ouro olímpica em 2008. Porem, não vingou em clubes fora do Boca. Mal jogou no Barcelona (Espanha) e alternou altos e baixos no Villareal (Espanha). Neste ano, atuou apenas pelo torneio Clausura (equivalente ao segundo turno na Argebtina), no primeiro semestre, em que fez 12 jogos (de 19 possíveis) e 3 gols. Além disso, disputou 13 jogos pelo Boca na Libertadores de 2012 – inclusive as finais em que o time perdeu para o Corinthians.
Na Baixada
Estádio
Como a Arena da Baixada só deve receber jogos a partir de 2014, o Atlético cogita usar o Ecoestádio Janguito Malucelli no próximo ano. Mas, para isso, o local precisa ter capacidade para receber pelo menos 15 mil torcedores, segundo o regulamento da Série A. A diretoria iniciou conversas com o J. Malucelli para ampliar a capacidade. Mesmo com a ampliação, a CBF ainda teria que dar um aval para o estádio receber jogos do Brasileirão
Bruno Mineiro
O Atlético confirmou ontem o empréstimo do atacante Bruno Mineiro ao Al-Khor, do Qatar. O anúncio surge dois dias depois de o empresário do jogador, Marcos Viana, anunciar a transferência.
Lúcio Maranhão
Por outro lado, a situação do atacante Lúcio Maranhão, do ASA-AL, deve ser definida até a próxima semana. Ao menos é o que diz o empresário dele, Jorge Baideck. O Atlético é um dos interessados na contratação do jogador.