Confira a comparação entre atacantes e goleiros dos adversários deste sábado na Copa América
Brasil e Paraguai se enfrentam neste sábado, pelas quartas de final da Copa América. Apesar da superioridade histórica e técnica, a Seleção não costuma ter vida fácil contra os alvirrubros. Com um time envelhecido, a mesma base vice-campeã na última edição do torneio, o Paraguai segue mostrando força no cenário sul-americano. Abaixo, confira números comparando as melhores opções para fazer e evitar gols de ambos os times.
Ataque: Firmino, a única esperança do Brasil?
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Sem Neymar, a responsabilidade na Seleção Brasileira fica bem dividida na criação e conclusão de jogadas. No atual time de Dunga, Philippe Coutinho é, na teoria, o substituto do craque do Barcelona para servir os companheiros de ataque. Entretanto, na apertada vitória sobre a Venezuela o jogador do Liverpool pouco fez e dizem que pode deixar o time titular. Com isso, todos os olhos estarão em cima de Roberto Firmino.
E não é apenas porque o atacante acertou uma milionária transferência para ser companheiro de Philippe Coutinho no Liverpool. A esperança de gols é do camisa 11 da Seleção Brasileira, e é bom que ele se acostume à pressão. Nesta Copa América, com a saída de Neymar, Firmino é o único atacante de Dunga que marcou gol – exatamente na vitória frente aos venezuelanos. Adversário deste sábado nas quartas de final, o Paraguai conta com três homens da posição que já balançaram as redes.
Confira os números de Roberto Firmino e Lucas Barrios nesta Copa América
Nova contratação do Palmeiras, Lucas Barrios não é titular absoluto... mas tem mostrado estrela! Foi do camisa 8 os gols que impediram derrotas para Argentina e Uruguai, no disputadíssimo Grupo B. O veterano Nelson Valdés segue mostrando bom desempenho com a camisa paraguaia, também fez gol contra os argentinos, e Edgar Benítez ‘ganhou’ um tento em seu nome graças à trapalhada da defesa jamaicana.
Com Roque Santa Cruz em final de carreira, nenhuma das opções paraguaias é tão boa quanto Firmino. Mas a divisão de responsabilidade na frente, além do fato de não ser favorito contra o Brasil, pode aliviar a pressão nos ombros dos comandados do técnico Ramon Díaz.
Defesa: Jefferson mais exposto
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Jefferson é titular absoluto na meta do Brasil desde a chegada de Dunga. E o capitão do Botafogo tem feito um excelente trabalho até então, realizando grandes defesas e pegando até mesmo um pênalti batido por Messi. Nesta Copa América, no entanto, o camisa 1 tem tido muito mais trabalho.
Números de Jefferson na Copa América
Na estreia contra o Peru, Jefferson protagonizou cena rara em sua carreira ao entregar, de bandeja, o gol para Cueva. Trapalhada em parceria com David Luiz, é verdade. Nos jogos seguintes, o goleiro nada pôde fazer nos outros gols levados pelo time de Dunga, que não apresentou na prática a solidez defensiva característica dos trabalhos do gaúcho.
A Seleção Paraguaia contou com Anthony Silva nos dois primeiros jogos, partidas bem diferentes: empate contra a Argentina e vitória magra sobre a Jamaica. Diante do time de Messi, Anthony levou seus únicos dois gols no torneio. Somando todas as suas participações, o arqueiro do Independiente de Medellín, da Colômbia, conseguiu realizar defesas seguras.
Justo Villar, defendendo a meta paraguaia
Mas a vaga de titular provavelmente seguirá com o veterano Justo Villar, de 37 anos, que teve boa média contra o Uruguai – após se recuperar de problemas físicos - e é um dos atletas mais experientes do elenco. Abaixo, veja a comparação entre os dois goleiros paraguaios nesta Copa América.
Considerando as seleções favoritas ao título do torneio, Jefferson é o goleiro mais vazado até aqui. Entretanto, os três gols tomados pelo jogador mostram muito mais a característica das falhas defensivas do que individual do botafoguense. Nos últimos anos, Jefferson mostrou ter condições de encarar qualquer adversário com frieza e sem comprometer. A confiança de todos do elenco também ajuda. Enquanto isso, Villar sabe que no banco de reservas tem um rival para a sua posição.
Inimigos ‘íntimos’, Dunga e Ramon Díaz se reencontram longe dos vinhos
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Após a dura vitória sobre a Venezuela, Dunga elogiou bastante o trabalho feito por Ramon Díaz com a Seleção Paraguaia. Mais do que isso, o treinador da Seleção Brasileira revelou que o ex-atacante argentino é uma excelente companhia na hora de conversar sobre futebol, jantar e beber vinho. O costume pelos brindes talvez tenha nascido na época em que ambos disputavam o Campeonato Italiano, no final da década de 1980.
Desde que assumiu o comando da equipe alvirrubra, Díaz só conseguiu uma vitória em seis jogos: exatamente sobre a Jamaica. Entretanto, segurou o ímpeto de Argentina e Uruguai no grupo mais difícil da Copa América 2015. Com Dunga, o Brasil só perdeu para a Colômbia desde que o capitão do Tetra reassumiu o comando, em 2014, mas o time busca ainda a sua melhor forma e precisa lidar com a ausência de Neymar.