13:15
O Goldman Sachs colocou os seus modelos económicos e financeiros ao serviço da previsão de resultados no Mundial do Brasil. Segundo os cálculos, Portugal irá tombar nos quartos-de-final perante a Argentina.
Os cálculos dos analistas do Goldman apontam para que a selecção das quinas alcance um segundo lugar sofrido na fase de grupos. Os modelos apontam para uma derrota de 2-1 perante a Alemanha, um empate a uma bola com os EUA, resultado semelhante ao previsto para o encontro com o Gana.
Apesar de Portugal alcançar apenas dois pontos na fase de grupo, o Goldman prevê que Gana e EUA empatem entre si e percam com a Alemanha, ficando com o mesmo número de pontos que a selecção nacional.
Ainda assim, os modelos prevêem que Portugal passe aos oitavos-de-final. Nessa fase, conseguirá ultrapassar a Rússia. Nos quartos-de-final os modelos do Goldman Sachs colocam Portugal a defrontar a Argentina de Lionel Messi. Resultado: uma vitória de 2-1 para a equipa da América do Sul.
A Argentina deverá mesmo chegar à final, defrontando o Brasil. Mas a equipa anfitriã poderá conquistar o Mundial, com um resultado 3-1 no jogo decisivo.
As previsões do Goldman Sachs foram geradas a partir de variáveis que incluem todos os resultados de jogos competitivos das selecções desde 1960, rankings construídos a partir dos resultados das equipas, média de golos nos últimos dez jogos, resultados atingidos em anteriores Mundiais.
Com todos estes dados os analistas do Goldman fizeram análises regressivas e simulações de Monte Carlo. Além dos resultados exactos dos encontros, o banco de investimento atribuiu ainda as probabilidades para cada selecção atingir determinada fase da competição.
Portugal tem uma probabilidade de 54,1% de chegar aos oitavos de final, de 30,8% para alcançar os quartos-de-final. Já as probabilidades da equipa de Paulo Bento atingir as meias-finais e a final são de 11,7% e 4,2%, respectivamente. A hipótese da equipa capitaneada por Cristiano Ronaldo é de apenas 0,9%.
Os favoritos a alcançarem o triunfo são o Brasil (probabilidade de 48,5%), Argentina e Alemanha (com 14,1% e 11,4%). A probabilidade atribuída à selecção de Scolari é bastante mais alta que a constante nas casas de apostas desportivas. "A nossa probabilidade para uma vitória do Brasil é de quase 50%, ‘versus' 25% da casa de apostas Ladbrokes", referem os analistas do Goldman.
E como funcionou o modelo no mundial da África do Sul? Os números apontavam para uma vitória do Brasil, com Espanha e Holanda a completarem o pódio das favoritas. A selecção brasileira acabaria por não chegar à final, com o encontro decisivo a ser disputado entre Espanha e Holanda. A vitória acabaria por ser alcançada pela equipa de Iniesta, Sergio Ramos e Casillas.
"O modelo previu correctamente 13 das 16 equipas que avançaram para a fase a eliminar, cinco das oito equipas que atingiram os quartos e três das quatro que chegaram às meias-finais", referem os analistas do Goldman.