Por Brian Homewood
ZURIQUE (Reuters) - O atacante argentino Lionel Messi conquistou mais uma vez a Bola de Ouro como melhor jogador do mundo nesta segunda-feira, depois de ver seu grande rival Cristiano Ronaldo ficar com o prêmio nos últimos dois anos.
O jogador do Barcelona e da seleção argentina terminou à frente de Ronaldo e do atacante brasileiro Neymar ao conquistar o prêmio pela quinta vez, depois de vencê-lo por quatro anos seguidos entre 2009 e 2012.
Messi ajudou o Barcelona a conquistar os títulos do Campeonato Espanhol, da Copa do Rei, da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes, além de levar a Argentina para a final da Copa América, na qual a equipe foi derrotada pelo Chile, que jogava em casa.
"É incrível, muito mais do que qualquer coisa que eu tenha sonhado quando era criança", disse Messi ao receber o prêmio. "Quero agradecer a meus companheiros de equipe, sem eles isso jamais seria possível."
Luis Enrique, técnico do Barcelona, foi eleito o melhor técnico do ano.
Carli Lloyd, campeã do mundo com a seleção feminina dos Estados Unidos, foi eleita a melhor jogadora do mundo depois de marcar três gols na final do Mundial contra o Japão.
O brasileiro Wendell Lira ganhou o Prêmio Puskas, de gol mais bonito do ano, com um gol marcado pelo Campeonato Goiano de 2015 quando atuava pelo Goianésia em uma partida contra o Atlético Goianiense.
Cristiano Ronaldo terminou a última temporada sem conquistar nenhum troféu com o Real Madrid, embora tenha ajudado a seleção de Portugal a se classificar para a Eurocopa de 2016.
Neymar colaborou com a temporada vencedora do Barça, mas não foi tão feliz com a camisa da seleção brasileira, chegando a ser suspenso por quatro partidas do Brasil por causa de uma expulsão na Copa América.
A cerimônia em Zurique foi realizada em meio à maior crise de corrupção na Fifa desde a fundação da entidade em 1904.
O futebol é alvo de investigações criminais tanto na Suíça quanto nos Estados Unidos, onde algumas autoridades importantes da Fifa estão entre as 41 pessoas e entidades esportivas acusadas de corrupção.
O presidente suspenso da Fifa, Joseph Blatter, geralmente uma figura central nessas cerimônias, não participou desta vez por conta da decisão do Comitê de Ética da entidade de suspendê-lo do esporte por oito anos.
Dessa vez também não houve a entrega do Prêmio Presidencial, dado a quem tenha realizado serviços notáveis para o futebol.
Blatter foi substituído na cerimônia pelo presidente interino da Fifa, Issa Hayatou, que teve papel discreto na premiação, lendo um breve discurso antes do início da cerimônia e aparecendo no palco para as premiações de melhor jogador e melhor jogadora.