Argentina vai eleger Presidente numa inédita segunda volta

A Argentina terá de decidir no próximo dia 22 de Novembro quem governará o país durante os próximos quatro anos numa inédita segunda volta das presidenciais, a primeira desde o regresso da democracia ao país.

A escolha será entre o kirchnerista (do mesmo partido da ainda Presidente Cristina Kirchner) Daniel Scioli – a quem as sondagens davam a vitória – e o conservador Mauricio Macri (na imagem), já que nenhum candidato obteve os votos suficientes nas eleições de domingo.


Quando estavam apurados mais de dois terços dos votos, Mauricio Macri liderava a contagem, com 36%, contra 35% de Daniel Scioli (em baixo).

No entanto, estavam ainda por contabilizar os boletins do 'reduto' do candidato kirchnerista, a província de Buenos Aires.

Sergio Massa era o terceiro entre os seis aspirantes à presidência argentina, com cerca de 21% dos votos.

Ao abrigo da lei argentina, para chegar à Casa Rosada à primeira volta, um candidato tem que obter 45% dos votos ou 40% com dez pontos de vantagem sobre o segundo mais votado.

Os primeiros resultados começaram a ser difundidos apenas seis horas depois do encerramento das urnas e quando estavam apurados os votos em aproximadamente dois terços das mesas.

Com estes números, nenhum candidato vai conseguir consagrar-se Presidente, pelo que a Argentina vai realizar, pela primeira vez, uma segunda volta.

O mecanismo de duas voltas nas eleições presidenciais foi introduzido em 1973, mas nunca o país sul-americano viu uma "corrida" percorrer todo o caminho até culminar numa segunda ronda.

O único antecedente que quase levou a uma segunda volta ocorreu em 2003, entre dois peronistas: o ex-presidente Carlos Menem e Néstor Kirchner ficaram taco-a-taco com 24,45% e 22,24%, respectivamente, nas presidenciais. Contudo, Menem desistiu e Kirchner alcançou a presidência.

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