Argentina: sindicatos exigem abono salarial após desvalorização do …

Milhares de manifestantes de esquerda e sindicalistas protestaram nesta terça-feira em Buenos Aires, diante da Casa de Governo, para exigir um abono salarial de emergência que compense a perda do poder adquisitivo diante da desvalorização de 30% do peso.

"O protesto é por um abono de final de ano de cerca de 5 mil pesos (370 dólares) diante dos aumentos de preços dos alimentos. O salário caiu brutalmente", afirmou um dos líderes do movimento, Marcelo Ramal, na Praça de Maio, diante da Casa Rosada.

O presidente argentino, Mauricio Macri, que assumiu há 12 dias, liberou na quinta-feira passada o mercado de câmbios, mas as empresas haviam antecipado a desvalorização do peso com reajustes de até 50% no preço da carne.

O custo de vida calculado pela consultoria Elypsis, ligada ao governo, deverá registrar uma elevação de 18% entre novembro deste ano e janeiro de 2016.

"Não haverá abono de final de ano", disse o ministro do Trabalho, Jorge Triaca.

Na semana passada, o novo governo entregou uma ajuda de 400 pesos aos desempregados e beneficiários de programas sociais de combate à miséria.

O protesto também repudiou a repressão desta terça-feira, na qual policias militares enfrentaram manifestantes em uma batalha campal que começou perto da via de acesso ao aeroporto de Ezeiza, com os agentes utilizando balas de borracha e gás lacrimogêneo.

Ao menos 250 policiais armados, apoiados por carros com canhões de água, participaram pela manhã de uma operação para desobstruir o acesso ao aeroporto, parcialmente bloqueado desde a semana passada por uma manifestação sindical por remunerações devidas por uma empresa avícola em falência.

dm/lr

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