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DO G1
O governo argentino revogou a autorização do Banco de Nova York (BoNY) para operar no país porque a instituição não efetivou o pagamento aos credores reestruturados – que aceitaram renegociar a dívida –, informou nesta terça-feira (26) o chefe de gabinete do governo, Jorge Capitanich.
O bloqueio do pagamento aos credores foi determinado pela Justiça norte-americana após fundos credores entrarem com uma ação pedindo o recebimento do valor total de seus títulos de dívida. O juiz Thomas Griesa deu ganho de causa aos fundos e decidiu que o pagamento dos demais credores, que já tinham renegociado a dívida e estavam recebendo os pagamentos, ficaria retido na Justiça.
Sem poder efetivar o pagamento, a Argentina entrou em calote seletivo no fim do mês passado.
Na semana passada, a presidente Cristina Kirchner enviou um projeto de lei ao Congresso para oferecer aos credores da dívida reestruturada uma mudança de sede para que os pagamentos sejam feitos por uma conta de um banco estatal de Buenos Aires, diante da impossibilidade de cumprir seus compromissos no BoNY.
A iniciativa argentina tenta abarcar os 93% dos credores que aderiram à renegociação da dívida em 2005 e 2010 e os 7% que rejeitaram. Segundo a agência France Presse, o projeto deve ser aprovado pelo Congresso de maioria governista apesar de grande parte da oposição ter antecipado seu voto negativo.
A Justiça norte-americana, no entanto, considerou ilegal a tentativa da Argentina de pagar as dívidas com os credores que renegociaram as parcelas, após uma audiência realizada pelo juiz do caso Thomas Griesa
Capitanich confirmou nesta terça-feira que o megainvestidor George Soros entrou com uma ação na justiça contra o banco dos EUA por descumprimento do pagamento dos títulos argentinos no valor de 226 milhões de euros.