Argentina pretende eliminar barreiras comerciais com o Brasil

O presidente recém eleito da Argentina, Maurício Macri, em reunião na Fiesp com mais de 100 empresários brasileiros, anunciou para o próximo ano a nova postura comercial do governo argentino em relação aos produtos do Brasil.

Os efeitos desse anúncio para as exportações entre os dois países sinalizam para a diminuição dos estoques de grãos na Argentina. Além de exportar essa "commodity", o país vizinho ainda pode fomentar as exportações de equipamentos, máquinas e insumos. O assunto foi destaque na publicação desta semana do site brasileiro Diário da Manhã.

Segundo o artigo, o novo presidente argentino Maurício Macri comunicou aos presentes suas intenções comerciais com o Brasil, durante evento na sede da Federação de Indústrias e Comércio do Estado de São Paulo. Macri afirmou que seu governo irá eliminar os impostos sobre a importação, além de abolir as restrições sobre as exportações de toda indústria de seu país.

Reforço do Mercosul

Para Macri, um estudo detalhado sobre o reforço do Mercado de Livre Comércio dos Países da América do Sul (Mercosul) é "pauta do dia" em negociações com a União Européia.

Um dos temas que entraram na pauta do último encontro de Macri com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi a agricultura, além da intenção primordial de estruturar o acordo em questão com a União Européia, para, em seguida, os países sul-americanos partirem para outros acordos internacionais com os Estados Unidos, por exemplo.

Segundo o presidente argentino, o bloco tem de abrir mão das ideologias e a manter o foco no desenvolvimento econômico da região, confirmando ainda que está em sua agenda outra visita ao Brasil o mais breve possível, para dar impulso e fortalecimento a integração prevista pelos termos do Mercosul.

Mudança de visão

Conforme dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil, as transações comerciais entre os dois países teria caído em 17,7% até o mês de novembro deste ano, refletido como resultado do protecionismo imposto pelo governo anterior da Argentina aos produtos brasileiros, como: automóveis, alimentos e produtos da linha branca, restringidos em forma de cotas reguladas pelo governo argentino atual de Cristina Kirchner.

A nova realidade nas transações econômicas entre os dois países é esperada com a posse de Maurício Macri, marcada para o próximo dia 11 de dezembro.

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