Buenos Aires, 17 nov (EFE).- A presidente argentina Cristina Kirchner se comprometeu, neste sábado, a trabalhar para pedir que Israel e Palestina cessem a violência durante uma ligação para o presidente egípcio, Mohamed Mursi.
Segundo informou em comunicado a presidência argentina, Cristina entrou em contato com presidente egípcio na sexta-feira "para pedir sua intervenção a fim de conseguir a cessação da violência entre Israel e a facção palestina Hamas, que governa a Faixa de Gaza".
Durante o diálogo, o presidente do Egito expressou que "o aumento das vítimas civis nas últimas horas levou a situação dessa região a um estado de periculosidade não visto nos últimos anos", indica o comunicado.
Cristina manifestou sua "solidariedade com todas as vítimas" e se comprometeu a "trabalhar com os líderes da região para pedir às partes o fim do conflito".
De acordo com o comunicado da presidência argentina, Cristina disse a Mursi que "o mundo inteiro deve se comprometer para que no Oriente Médio deixe de prevalecer a lógica na qual as armas substituem o caminho do diálogo".
Além disso, sustentou a governante argentina, torna-se "imprescindível o reconhecimento do Estado palestino".
A ofensiva do Governo israelense contra a Faixa de Gaza, que entrou hoje em seu quarto dia, já causou a morte de 39 palestinos e deixou outros 330 feridos. Desde o início de sua ofensiva, Israel atacou aproximadamente 832 alvos na Faixa.
Enquanto isso, as milícias de Gaza dispararam 705 foguetes, dos quais 434 tiveram impacto, 240 foram interceptados em voo e o resto explodiu durante lançamento ou caiu na própria Faixa, segundo dados do exército israelense.
O número de mortos israelenses nos últimos quatro dias chega a três civis e os feridos a 14. EFE